O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou a rebater as críticas que tem sofrido em meio a onda de violência que atinge o Rio de Janeiro e a Bahia.
“Nem só inteligência, nem só força. Um dos argumentos mais repetidos nos últimos dias, de intenso debate sobre a Segurança Pública, é que falta um “plano nacional”, pois não bastam “ações paliativas ou pontuais”. Agradeço muito tal sugestão, embora repetida há algumas décadas”, escreveu o ministro.
A declaração acontece horas antes do lançamento do Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas. As medidas serão anunciadas nesta segunda-feira (2). Mas, segundo integrantes do ministério da Justiça, já vinham sendo elaboradas há pelo menos três meses.
“Como já mencionei várias vezes, existe sim uma Política Nacional de Segurança Pública aprovada por Lei, que está sendo executada com planos, programas e ações articuladas, sem descuidar das imprescindíveis ações emergenciais”, ressaltou Dino.
No último domingo (1º), o ministro já havia usado a rede social para reforçar a necessidade de ações conjuntas do governo federal com estados e municípios. “Não existe hierarquia e nem ingerência de um ente no outro.”
Grande parte das críticas sobre a gestão nacional de segurança tem relação com a situação da Bahia, que já registra quase 70 mortos durante operações policiais.
O estado está sob comando do governador Jerônimo Rodrigues (PT), sucessor do atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Dino também afirmou nesta segunda-feira ser equivocado o argumento de que o controle responsável sobre armas está sendo executado lentamente por parte do governo federal.
“Qualquer crítico cuidadoso olharia os números e leria os sucessivos decretos editados em poucos meses, antes de escrever um texto sério sobre o assunto”, disse.
Na semana passada, uma pesquisa do Instituto Atlas mostrou que a segurança pública é a área temática do governo com pior avaliação pelos eleitores.