João Aguiar | RDNews
A juíza Débora Roberta Pain Caldas, da 2ª Vara Criminal de Sinop (a 500 km de Cuiabá), manteve a prisão de Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, principal suspeito de ter matado e arrastado o corpo de Bruna de Oliveira, de 24 anos, na madrugada de domingo (02).
Wellington foi preso em flagrante na segunda-feira (03) e passou por audiência de custódia nessa terça-feira (04), onde teve a prisão convertida para preventiva. O inquérito policial deve ser concluído em 10 dias.
Em depoimento, o suspeito alegou em depoimento que arrastou a jovem em uma moto pelas ruas de Sinop porque o corpo “não caberia na moto”. Ele contou que estava usando cocaína e ingerindo bebidas alcoólicas com Bruna, quando os dois tiveram uma discussão e o homem partiu para cima da vítima.
Wellington também disse que estava “surtado” e que arrastar o corpo na moto foi a única ideia que ele teve.
“Após uma discussão, ele teria ‘voado’ no pescoço dela com as duas mãos, jogado ela no chão, batido a cabeça dela com força no chão até ela desfalecer. Nesse momento ele entendeu que tinha matado ela, que teria que tirar o corpo dali. Ele teve a ideia de pegar uma corda fina, que estava em casa, que teria feto o esgorjamento. Ele amarrou essa corda na vítima, aí ele teve a brilhante ideia de amarrá-la a moto e sair arrastando”, detalhou a delegada.
A delegada explicou também a relação entre Bruna e Wellington. Os dois não eram namorados, mas se viam há algum tempo e tinham uma relação íntima de afeto. O homem deve responder por feminicídio e ocultação de cadáver.
“Ele vinha saindo com ela há algum tempo. Nesse dia foram até a casa para fazer uso de entorpecente e ingerir bebida alcoólica. A morte se deu em função dela ser mulher, da condição do sexo feminino e dele encarar ela com condições de menosprezo por ser mulher”, salienta.
A autoridade policial também revelou que Wellington responde por violência doméstica em Alagoas.
Após o crime, o suspeito voltou para a casa e tentou lavar o local, usando panos, mas o imóvel continuou sujo de sangue. Ele então rodou pela cidade durante o domingo e contratou uma caminhonete para fazer sua mudança. Os bens foram levados para a casa de um tio, que não sabia do crime.
O caso
A prisão foi realizada no final da tarde dessa segunda-feira. Wellington foi encontrado na casa de familiares, em Nova Maringá.
Como já informado pelo , apuração da Polícia Civil aponta que Bruna teria saído com o suspeito no último sábado (01) e não foi mais vista. Familiares entraram em contato com Wellington, que teria dito que deixou a vítima em casa por volta das 22h. No entanto, o corpo dela foi encontrado jogado em uma valeta, de um matagal, da rua das Orquídeas.
Segundo a Polícia, Bruna estava com uma corrente enrolada no pescoço, presa com um cadeado. O Corpo de Bombeiros esteve no local e retirou o corpo, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Bruna é arrastada pelo suspeito em uma moto. Ela foi amarrada pelo pescoço com uma corrente presa na moto do homem e foi levada por cerca de três quadras, até onde foi desovada.
O crime é investigado.