sábado, 23 novembro 2024
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Dismorfia corporal: entenda a condição que causa distorção da autoimagem
Redação EdiCase

Dismorfia corporal: entenda a condição que causa distorção da autoimagem

A dismorfia corporal, também conhecida popularmente como “síndrome de distorção de imagem”, consiste em uma preocupação exagerada e fora do normal com a aparência. Geralmente associada a cirurgias plásticas, a doença costuma afetar na mesma proporção homens e mulheres, que, em busca da imagem perfeita, recorrem a procedimentos estéticos.

Muitas vezes, as cirurgias plásticas são vistas como uma ótima opção para modificar insatisfações com o corpo. No entanto, pessoas com Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), devido à doença, podem entrar em um ciclo eterno de procedimentos. “Isso acontece porque, pela distorção da autoimagem, característica crítica da pessoa que possui esse transtorno, a pessoa pode cair em um loop
eterno de cirurgias e mais cirurgias, até atingir uma ‘perfeição’ que nunca chega”, comenta o cirurgião plástico Dr. Hugo Sabath.

Busca pela perfeição

A busca por cirurgias plásticas para deixar a aparência igual à de
pessoas muito famosas

também está relacionada ao dismorfismo. Nesses casos, a pessoa pode ter uma preocupação excessiva e irracional com a aparência e acreditar que, ao se parecer com um famoso ou corrigir uma parte do corpo, vai melhorar sua autoestima e sua vida como um todo.

Todavia, é importante lembrar que o Transtorno Dismórfico Corporal não é apenas uma insatisfação com a aparência, mas uma preocupação excessiva e persistente que pode afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa. O paciente se vislumbra de forma distorcida da realidade e passa a enxergar “deformações” em seu corpo e rosto que ninguém mais vê, os “defeitos imaginários”.

Consequências do transtorno

No Transtorno Dismórfico Corporal, a preocupação com um ou mais defeitos inexistentes ou sutis da aparência causa
forte angústia

e/ou prejudica a capacidade funcional. As pessoas normalmente passam muitas horas por dia se preocupando com um suposto defeito, que pode estar em qualquer parte do corpo.

“Numa consulta pré-cirúrgica, o médico consegue distinguir se a paciente possui ou não dismorfismo; por isso é importante que o médico sempre esclareça todos os riscos e nunca prometa um resultado estabelecido. A indicação para o dismorfismo é o encaminhamento para o psicólogo ou psiquiatra antes mesmo de realizar o procedimento cirúrgico”, explica o Dr. Hugo Sabath.

Transtornos associados à dismorfia

Em quadros de dismorfia, é comum o paciente apresentar outros transtornos psicológicos. Dentre os mais comuns, estão:

  • Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC);
  • Depressão,
    ansiedade

    e transtornos de humor;
  • Transtornos de personalidade;
  • Transtornos alimentares;
  • Uso de substâncias químicas.

Consulte um especialista

Advogada especialista em direito médico e hospitalar e diretora da Clínica Libria, a Dra. Beatriz Guedes alerta que qualquer intervenção cirúrgica é um procedimento sério e que deve ser realizado com planejamento e cuidado. É fundamental que o paciente consulte um médico especialista em cirurgia plástica para avaliar se o procedimento é indicado para o seu caso e qual a melhor técnica a ser utilizada.

“É importante destacar que toda cirurgia plástica apresenta riscos e possíveis complicações. Por isso, é necessário que o paciente esteja ciente desses riscos e que discuta com o
cirurgião plástico

todas as possíveis consequências do procedimento”, finaliza a Dra. Beatriz Guedes.

Por Gabriela Dallo


Fonte: iG

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