A coqueluche
voltou a preocupar países do mundo inteiro com uma onda de novos casos. No Brasil
, a situação está mais delicada em São Paulo
, cidade que emitiu alerta para a doença e já soma 139 casos no ano
— um aumento de 768,7% na comparação com o mesmo período de 2023, quando a capital teve 16 registros.
A preocupação decorre, principalmente, da alta transmissão da coqueluche. Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, a doença é transmitida pelo contato com gotículas de pessoas contaminadas e pode gerar, a cada infecção, outros 17 casos secundários.
Para efeito de comparação, o seu alto potencial de transmissão é semelhante ao do sarampo e da varicela, sendo muito maior que o da Covid-19, que gera em torno de três casos secundários a cada infecção.
Com a chegada do inverno, que começa na próxima sexta-feira (21), a tendência é que os casos continuem aumentando. Isto porque a doença tende a se alastrar mais em tempos de clima ameno e frio devido ao fato das pessoas permanecerem mais em ambientes fechados. Basta um contato com a tosse ou secreção da pessoa com a enfermidade para se infectar.
Felizmente, a doença tem uma taxa de mortalidade bem inferior à da Covid-19, sendo mais perigosa para crianças menores de 1 ano e para grávidas.
Sintomas
Segundo cartilha do Ministério da Saúde
, os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três etapas, sendo que na primeira a doença parece um resfriado.
Os sintomas iniciais ( mal-estar, corrimento nasal, tosse seca, febre baixa
) duram algumas semanas. No estágio intermediário, a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
e pode atrapalhar a respiração e até gerar vômito.
Já na terceira fase, os sintomas são mais severos. “A gravidade da doença também está relacionada à falta de imunidade e à idade”, relembra o Ministério.
Os dados nacionais mostram que as crianças menores de um ano são as mais afetadas pela doença
, representando mais de 52% dos casos notificados.
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