Da Redação Avance News
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul recebeu recentemente equipamentos para beneficiar a cadeia apícola do estado.
Essa iniciativa faz parte de um termo de cooperação com o Observatório de Abelhas do Brasil, que visa reduzir a mortandade de abelhas.
Foram entregues equipamentos de proteção individual (EPIs), 45 macacões e luvas antiferroadas, 30 fumegadores, formões e telefones celulares para as equipes de campo das regionais.
O Rio Grande do Sul foi o escolhido para iniciar o projeto “Observatório de Abelhas do Brasil” por conta da atuação destacada do estado na área. Atualmente, são 20.619 apicultores por lá.
Importância da cadeia apícola
O fiscal estadual agropecuário responsável pelo Programa de Saúde das Abelhas da Seapi, Gustavo Diehl, destacou que a secretaria entende a importância da cadeia apícola e há anos executa ações para investigar a causa da mortalidade das abelhas.
Segundo ele, o mau uso de defensivos agrícolas contribui significativamente para a eliminação do inseto.
Já a coordenadora-executiva do Observatório de Abelhas no Brasil, Betina Blochtein, afirmou que os equipamentos recebidos vão fomentar ações de proteção das abelhas. Os recursos são fruto de um termo de cooperação entre o Ministério Público do Rio Grande do Sul, Embrapa, Associação A.B.E.L.H.A e 12 empresas privadas do setor agropecuário.
Ferramentas e capacitação
Os equipamentos recebidos possibilitam o uso das ferramentas para cadastrar casos de mortandade de abelhas pelo Sistema Agrotag Abelhas, da Embrapa. Além disso, fornecem proteção individual para os agentes de campo.
“A ideia é aumentar os registros de ocorrência de mortandade de abelhas e investigar as causas. Isso exige capacitação, que está sendo provida pela Seapi com apoio do Observatório”, reforçou Betina. O objetivo é fortalecer a apicultura e a conservação das abelhas no estado.
Os principais objetivos do projeto incluem:
- Desenvolver uma plataforma oficial integradora de dados sobre mortandades de abelhas;
- Proporcionar recursos técnicos, treinamentos e materiais aos estados;
- Capacitar agricultores e apicultores em boas práticas agrícolas e apícolas;
- Estabelecer uma rede de laboratórios credenciados para detectar resíduos de defensivos agrícolas;
- Apoiar a formalização e o incremento dos registros de apiários e meliponários.
Desde sua implementação, em agosto de 2022, várias ações estão em curso, incluindo o incentivo ao cadastramento de apicultores junto aos órgãos ambientais competentes.
*Sob supervisão de Victor Faverin