segunda-feira, 25 novembro 2024
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Febraban Tech 2024: como a IA está transformando o setor financeiro?

Da Redação Avance News

Nesta semana, o Febraban Tech 2024 reuniu líderes e especialistas para discutir os avanços e expectativas das tecnologias no setor financeiro. Esta é a 34ª edição do maior evento do mercado, desta vez com foco principal na “Jornada responsável na nova Economia da IA”. A feira, que acontece no Transamerica Expo Center, começou na terça-feira (25) e chega ao final na quinta-feira (27).

Destaques do Febraban Tech 2024:

  • A inteligência artificial é o tema central do evento, com diversas palestras e debates sobre seus impactos no setor financeiro.
  • Um dos destaques foi a palestra da futurista Amy Webb, que falou sobre o impacto da IA na história humana.
  • Também houve a participação da vencedora do Prêmio Nobel Esther Duflo, que discutiu como a tecnologia pode ajudar a lidar com as desigualdades.
  • O futuro das transações foi outro foco da feira. O Olhar Digital fez uma reportagem especial sobre como o Pix está se transformando e o que esperar de outros projetos como o Drex e o Super App. Confira clicando aqui.
  • As maiores empresas do setor também apresentaram soluções de IA que vão mudar o dia a dia dos brasileiros. O Olhar Digital conversou com algumas delas e conta como:
Febraban Tech é o maior evento de tecnologia financeira do Brasil – Imagem: divulgação

Leia mais:

Tudo começa pela base

A Nvidia, que recentemente se tornou a companhia mais valiosa do mundo – mesmo por um curto período – é uma das organizações à frente do desenvolvimento da estrutura que dará forma aos mecanismos de inteligências artificiais usados por diferentes setores.

As chamadas fábricas de IA (AI Factory – em inglês) são um dos projetos da empresa que foram apresentados na Febraban Tech. Marcel Saraiva, gerente de vendas da divisão Enterprise da NVIDIA no Brasil, explicou que a tecnologia basicamente analisa um conjunto de dados primeiro e, a partir disso, gera novas informações que podem ser aplicadas na construção de diversas soluções.

Por exemplo, quero fazer uma análise de crédito para um cliente. Então, eu posso ter um histórico de um monte de dados, usar informações de outros setores, ver se sou um bom pagador e jogar [os dados] na fábrica de IA, e ela vai me dar um crédito maior ou menor dependendo da situação.

Marcel Saraiva, gerente de vendas da divisão Enterprise da NVIDIA no Brasil

As fábricas de IA tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial nos negócios – Imagem: divulgação NVIDIA

Segundo Marcel, organizações já estão utilizando a estrutura para gerar novos mecanismos que vão mudar o dia a dia dos usuários.

Como a IA está mudando o nosso dia a dia?

A inteligência artificial não é apenas um projeto do futuro, já é uma realidade no setor financeiro. Os grandes bancos já têm áreas voltadas para desenvolver estratégias e tecnologias com base na inteligência artificial generativa. E isso já faz a diferença na vida de clientes, tanto de pessoas físicas quanto de empresas. É o que explicou Giuliane Câmara, executiva de estratégia e governança de dados e IA do Banco do Brasil:

A utilização de IA na prova de vida do INSS é um exemplo interessante. Ao invés de os segurados terem que se deslocar até a agência para fazer todo o processo de forma manual, o que acaba sendo um transtorno para a pessoa, ela pode fazer isso da sua residência através do aplicativo.

Giuliane Câmara, executiva de estratégia e governança de dados e IA do Banco do Brasil

O Banco do Brasil lançou no evento uma nova ferramenta chamada ARI (Área de Recomendações Inteligentes). Ela é um assistente virtual que usa IA para ajudar empresas a lidarem com suas informações bancárias e aprimorarem o seu negócio a partir desses dados de forma mais intuitiva e rápida. É mais um exemplo de como a tecnologia estará presente no nosso dia a dia.

A regulamentação da IA é uma questão que ainda está em discussão – Imagem: Apichatn21/Shutterstock

O uso da IA de forma segura

Todas as novidades precisam respeitar normas de segurança e de ética. Isso passa por cuidados das próprias empresas, além de avanços na legislação. Segundo Ícaro Demarchi, superintendente de Produtos de Seguros e Prevenção a Fraude na B3 S.A., essa questão continua avançando com o Marco Civil da Internet, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e a possível criação de um projeto de lei que regule o uso da IA.

A gente tem que saber o que queremos. Se vamos primeiro criar algumas regras e não vamos poder ultrapassá-las. Ou, então, se vamos deixar a inteligência se desenvolver e depois definir o que não faz sentido ser permitido. Mas, em ambas as situações, é visada a proteção do consumidor final.

Ícaro Demarchi, superintendente de Produtos de Seguros e Prevenção a Fraude na B3 S.A. e professor no IBMEC São Paulo



Fonte: Olhar Digital

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