segunda-feira, 25 novembro 2024
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Ex-CEO da Americanas tem chance de ser extraditado ao Brasil, diz PF

Reprodução/Lojas Americanas

Miguel Gutierrez é ex-CEO da Lojas Americanas e está detido na Espanha

Ex-CEO da Loja Americanas,  Miguel Gutierrez
tem a possibilidade de ser extraditado ao Brasil
. Segundo o diretor-geral da Polícia Federal
, Andrei Rodrigues, a Justiça brasileira vai pedir para o governo da Espanha a extradição – ele foi detido em Madri nesta sexta-feira (28)

Rodrigues, porém, reforçou que o ex-executivo da varejista tem dupla cidadania e, normalmente, a Espanha não extradita seus presos. “Ele [Gutierrez] tem dupla cidadania e a Espanha não extradita os seus nacionais. Temos que respeitar todos os trâmites da legislação brasileira, obviamente, e da legislação espanhola. Já entramos com pedido de prisão preventiva e extradição para o Brasil”, disse o diretor da PF, em entrevista à GloboNews.

“Agora, o poder judiciário brasileiro deve encaminhar a solicitação formal de extradição à Espanha, que fará a análise jurídica, como a verificação de sua nacionalidade e a gravidade do delito. Tem algumas situações a serem avaliadas com a soberania do estado espanhol. A partir dessas análises que nós vamos poder entender os caminhos, se é da possibilidade da extradição, ou até mesmo do cumprimento da pena na Espanha”, acrescentou.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF)
, o ex-CEO acompanhava e participava das fraudes contábeis da empresa “desde o seu planejamento até a publicação dos resultados”. Gutierrez ainda teria articulado técnicas para não ser ligado ao esquema, recebendo as planilhas maquiadas por pen drive e evitando utilizar o e-mail
.

A fuga

Gutierrez deixou a empresa em dezembro de 2022. Em 29 de junho de 2023, ele embarcou com a esposa do Aeroporto do Galeão rumo a Paris, na França. O casal comprou passagens on-line, no cartão de crédito, no site da Air France, e embarcaram no dia seguinte. Eles tinham passagens de volta, mas nunca retornaram. 

O retorno estava marcado para 8 de julho de 2023 e foi reagendado para o dia 20 de junho de 2024. Gutierrez tem dupla cidadania, brasileira e espanhola. Ele permaneceu em Madri, capital da Espanha, durante esse tempo. Os bilhetes vencem nesse sábado (29), segundo informações da coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Outros envolvidos

A declaração do diretor-geral da PF foi feita diretamente de Lisboa, em Portugal. Andrei Rodrigues está no território português para pedir ajuda das autoridades locais na busca por Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora da Americanas, que segue foragida – ela está em terras lusitanas. 

Outros investigados são: Anna Christina Soteto, Carlos Eduardo Padilha, Fabien Picavet, Fabio Abrate, Jean Pierre Ferreira, João Guerra Duarte Neto, José Timotheo de Barros, Luiz Augusto Henriques, Marcio Cruz Meirelles, Maria Chirstina Do Nascimento, Murilo dos Santos Correa e Raoni Lapagesse Franco.

A corporação investiga crimes de: Manipulação de Mercado, Uso de Informação Privilegiada, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

O rombo da Americanas deixou a empresa em uma recuperação judicial de R$ 50 bilhões, a maior do Brasil.

 Miguel Gutierrez, ex-CEO das Lojas Americanas, foi preso nesta sexta-feira 28/6 em Madri, na Espanha. Ele é um dos acusados pelo rombo gigantesco na empresa. A prisão foi possível porque, a pedido do Brasil, o nome dele estava na lista vermelha da Interpol, a Polícia Internacional. Reprodução: Flipar


Miguel Gutierrez, ex-CEO das Lojas Americanas, foi preso nesta sexta-feira 28/6 em Madri, na Espanha. Ele é um dos acusados pelo rombo gigantesco na empresa. A prisão foi possível porque, a pedido do Brasil, o nome dele estava na lista vermelha da Interpol, a Polícia Internacional. Reprodução: Flipar

A Polícia Federal começou na quinta-feira (27/6) a Operação Disclosure, para prender não apenas Miguel Gutierrez, mas também Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora. Eles são acusados por uma fraude que causou um rombo de R$ 25 bilhões na empresa. Reprodução: Flipar


A Polícia Federal começou na quinta-feira (27/6) a Operação Disclosure, para prender não apenas Miguel Gutierrez, mas também Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora. Eles são acusados por uma fraude que causou um rombo de R$ 25 bilhões na empresa. Reprodução: Flipar

Policiais federais também saíram com 15 mandados de busca e apreensão contra ex-executivos do grupo. A Justiça determinou o bloqueio de meio bilhão de reais em bens dos envolvidos. Reprodução: Flipar


Policiais federais também saíram com 15 mandados de busca e apreensão contra ex-executivos do grupo. A Justiça determinou o bloqueio de meio bilhão de reais em bens dos envolvidos. Reprodução: Flipar

Já se sabe que Anna Christina também está no exterior. Com.o nome na Interpol ela está sendo procurada pela polícia de vários países. Reprodução: Flipar


Já se sabe que Anna Christina também está no exterior. Com.o nome na Interpol ela está sendo procurada pela polícia de vários países. Reprodução: Flipar

O rombo nas Lojas Americanas causou assombro na época em que foi divulgado, no começo de 2023. A empresa teve que mudar seu quadro de executivos em busca de uma solução. Reprodução: Flipar


O rombo nas Lojas Americanas causou assombro na época em que foi divulgado, no começo de 2023. A empresa teve que mudar seu quadro de executivos em busca de uma solução. Reprodução: Flipar

O plano de recuperação das Americanas para sair do atoleiro passou a ser conduzido pelo economista Leonardo Coelho, uma das referências em gestão de crise. Depois de trabalhar por 13 anos na subsidiária brasileira da Siemens, ele se tornou especialista em salvar empresas ao atuar no escritório de reestruturações Alvarez e Marsal. Reprodução: Flipar


O plano de recuperação das Americanas para sair do atoleiro passou a ser conduzido pelo economista Leonardo Coelho, uma das referências em gestão de crise. Depois de trabalhar por 13 anos na subsidiária brasileira da Siemens, ele se tornou especialista em salvar empresas ao atuar no escritório de reestruturações Alvarez e Marsal. Reprodução: Flipar

Os sócios proprietários das Lojas Americanas - Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira - injetaram do próprio bolso R$ 3,5 bilhões para garantir pagamentos num momento em que as vendas no site caíram mais de 80% e as linhas de crédito foram interrompidas por falta de confiança na reestruturação da companhia. Reprodução: Flipar


Os sócios proprietários das Lojas Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira – injetaram do próprio bolso R$ 3,5 bilhões para garantir pagamentos num momento em que as vendas no site caíram mais de 80% e as linhas de crédito foram interrompidas por falta de confiança na reestruturação da companhia. Reprodução: Flipar

As Americanas quitaram as dívidas com credores trabalhistas e com pequenos e microempreendedores. Essa primeira etapa de pagamentos totalizou R$ 4 bilhões. “O início da fase de pagamentos destrava a reestruturação financeira, com a retomada de prazo junto aos fornecedores”, afirmou a Americanas numa nota à imprensa na época. Reprodução: Flipar


As Americanas quitaram as dívidas com credores trabalhistas e com pequenos e microempreendedores. Essa primeira etapa de pagamentos totalizou R$ 4 bilhões. “O início da fase de pagamentos destrava a reestruturação financeira, com a retomada de prazo junto aos fornecedores”, afirmou a Americanas numa nota à imprensa na época. Reprodução: Flipar

Em fevereiro de 2024, a Justiça do RJ aceitou proposta de empréstimo à Americanas feita pelo trio de donos - Lemann, Telles e Sicupira - para garantir um capital de giro à empresa. A empresa anunciou, na época, que 130 das 1.700 lojas no Brasil foram fechadas e 800 vagas extintas ­— entre demissões ou não reposição de funcionários que pediram para sair da empresa. A companhia mantém 35 mil funcionários. Reprodução: Flipar


Em fevereiro de 2024, a Justiça do RJ aceitou proposta de empréstimo à Americanas feita pelo trio de donos – Lemann, Telles e Sicupira – para garantir um capital de giro à empresa. A empresa anunciou, na época, que 130 das 1.700 lojas no Brasil foram fechadas e 800 vagas extintas ­— entre demissões ou não reposição de funcionários que pediram para sair da empresa. A companhia mantém 35 mil funcionários. Reprodução: Flipar

Na Páscoa de 2024, as Americanas divulgaram que a dívida havia caído de espantosos R$ 43 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Ainda muito alta, mas indicando uma recuperação com a nova gestão. A empresa festejou um faturamento de 1 bilhão de reais na Páscoa, mostrando que os esforços para manter a clientela têm sido produtivos. Reprodução: Flipar


Na Páscoa de 2024, as Americanas divulgaram que a dívida havia caído de espantosos R$ 43 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Ainda muito alta, mas indicando uma recuperação com a nova gestão. A empresa festejou um faturamento de 1 bilhão de reais na Páscoa, mostrando que os esforços para manter a clientela têm sido produtivos. Reprodução: Flipar

As investigações começaram logo depois da divulgação do rombo. Segundo a Polícia Federal a fraude maquiou os resultados financeiros da empresa para indicar um falso aumento de caixa e alavancar as ações das Americanas na Bolsa de Valores. Os executivos ganhavam bônus milionários por desempenho e obtiam lucros na venda de ações infladas. Reprodução: Flipar


As investigações começaram logo depois da divulgação do rombo. Segundo a Polícia Federal a fraude maquiou os resultados financeiros da empresa para indicar um falso aumento de caixa e alavancar as ações das Americanas na Bolsa de Valores. Os executivos ganhavam bônus milionários por desempenho e obtiam lucros na venda de ações infladas. Reprodução: Flipar

Os responsáveis vão responder por manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Em caso de condenação, eles podem pegar até 26 anos de cadeia. Reprodução: Flipar


Os responsáveis vão responder por manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Em caso de condenação, eles podem pegar até 26 anos de cadeia. Reprodução: Flipar

A força-tarefa montada para investigar a fundo o esquema do golpe teve, além da Polícia Federal, procuradores do Ministério Público Federal e representantes da Comissão de Valores Mobiliários. A administração do Grupo Americanas também contribuiu passando todas as informações disponíveis sobre a situação da empresa. A atual gestão busca o ressarcimento pelos danos e prejuízos. Reprodução: Flipar


A força-tarefa montada para investigar a fundo o esquema do golpe teve, além da Polícia Federal, procuradores do Ministério Público Federal e representantes da Comissão de Valores Mobiliários. A administração do Grupo Americanas também contribuiu passando todas as informações disponíveis sobre a situação da empresa. A atual gestão busca o ressarcimento pelos danos e prejuízos. Reprodução: Flipar

O plano de recuperação das Americanas tem quatro fases: estancar a crise Reprodução: Flipar


O plano de recuperação das Americanas tem quatro fases: estancar a crise Reprodução: Flipar

A fraude nas Americanas foi denunciada pelo ex-executivo da empresa Sérgio Rial em janeiro de 2023. Na ocasião, ele informou que o rombo seria de R$ 20 bilhões e tinha sido descoberto porque o valor referente à contabilidade dos nove primeiros meses de 2022 e de anos anteriores não havia sido registrado de forma correta na corporação. O rombo foi encontrado no setor de fornecedores da empresa. Reprodução: Flipar


A fraude nas Americanas foi denunciada pelo ex-executivo da empresa Sérgio Rial em janeiro de 2023. Na ocasião, ele informou que o rombo seria de R$ 20 bilhões e tinha sido descoberto porque o valor referente à contabilidade dos nove primeiros meses de 2022 e de anos anteriores não havia sido registrado de forma correta na corporação. O rombo foi encontrado no setor de fornecedores da empresa. Reprodução: Flipar

A notícia causou espanto, pois a empresa era uma das maiores do país. Em 2015, as Americanas ocupavam a quarta posição no ranking do IBEVAR - Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo Reprodução: Flipar


A notícia causou espanto, pois a empresa era uma das maiores do país. Em 2015, as Americanas ocupavam a quarta posição no ranking do IBEVAR – Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo Reprodução: Flipar

A surpresa foi tão grande que logo surgiram memes indagando como ninguém percebeu antes um rombo daquele tamanho? Depois, divulgou-se que, na verdade, o rombo era ainda maior. Dívida de mais de R$ 40 bi. Reprodução: Flipar


A surpresa foi tão grande que logo surgiram memes indagando como ninguém percebeu antes um rombo daquele tamanho? Depois, divulgou-se que, na verdade, o rombo era ainda maior. Dívida de mais de R$ 40 bi. Reprodução: Flipar

O impacto foi tão negativo que, na ocasião, a Globo se apressou para substituir as Americanas pelo Mercado Livre como patrocinador do Big Brother Brasil. Reprodução: Flipar


O impacto foi tão negativo que, na ocasião, a Globo se apressou para substituir as Americanas pelo Mercado Livre como patrocinador do Big Brother Brasil. Reprodução: Flipar

No dia 17/5/2023 foi instalada a CPI das Lojas Americanas na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas isso causou mais confusão do que efetividade nas investigações. Em setembro, a comissão anunciou que concluiu a apuração e que não tinha provas contra eventuais culpados pela fraude. E a polícia prosseguiu com seu trabalho. Reprodução: Flipar


No dia 17/5/2023 foi instalada a CPI das Lojas Americanas na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas isso causou mais confusão do que efetividade nas investigações. Em setembro, a comissão anunciou que concluiu a apuração e que não tinha provas contra eventuais culpados pela fraude. E a polícia prosseguiu com seu trabalho. Reprodução: Flipar

Na época da divulgação da crise, muitas pessoas ficaram com medo de fazer compras nas Americanas e não receber os produtos. O receio era, principalmente, com negócios pela internet. Mas o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor informou que não havia necessidade de evitar as compras. E que a empresa estava comprometida a fazer as entregas nos prazos corretos. Reprodução: Flipar


Na época da divulgação da crise, muitas pessoas ficaram com medo de fazer compras nas Americanas e não receber os produtos. O receio era, principalmente, com negócios pela internet. Mas o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor informou que não havia necessidade de evitar as compras. E que a empresa estava comprometida a fazer as entregas nos prazos corretos. Reprodução: Flipar

As ações das Americanas despencaram por causa da crise. E a empresa entrou com o processo de recuperação judicial, que incluiu, em maio de 2023, o anúncio da venda da Hortifruti Natural da Terra. Reprodução: Flipar


As ações das Americanas despencaram por causa da crise. E a empresa entrou com o processo de recuperação judicial, que incluiu, em maio de 2023, o anúncio da venda da Hortifruti Natural da Terra. Reprodução: Flipar

A empresa Americanas S.A. (anteriormente Lojas Americanas S.A. e B2W Digital S.A.) foi fundada em 1929 em Niterói (RJ) pelo austríaco Max Landesmann e os americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger. Reprodução: Flipar


A empresa Americanas S.A. (anteriormente Lojas Americanas S.A. e B2W Digital S.A.) foi fundada em 1929 em Niterói (RJ) pelo austríaco Max Landesmann e os americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger. Reprodução: Flipar

A empresa cresceu de forma impressionante e, na época da fraude, tinha mais de 3.800 estabelecimentos físicos de venda em todo o Brasil, além de quatro e-commerce. O modelo tradicional de Lojas Americanas ocupa uma área média de vendas de 1.500 m² e catálogo de 60 mil itens. Reprodução: Flipar


A empresa cresceu de forma impressionante e, na época da fraude, tinha mais de 3.800 estabelecimentos físicos de venda em todo o Brasil, além de quatro e-commerce. O modelo tradicional de Lojas Americanas ocupa uma área média de vendas de 1.500 m² e catálogo de 60 mil itens. Reprodução: Flipar

A empresa também se adaptou ao mercado com lojas de outros tipos. As Americanas Express, por exemplo, passaram a ser compactas, com média de 400 metros quadrados de área de vendas e catálogo de 15 mil itens. Reprodução: Flipar


A empresa também se adaptou ao mercado com lojas de outros tipos. As Americanas Express, por exemplo, passaram a ser compactas, com média de 400 metros quadrados de área de vendas e catálogo de 15 mil itens. Reprodução: Flipar

A empresa também criou a Americanas Local, sistema inaugurado em 2016, num formato de loja de conveniência, com tamanho reduzido e produtos alimentícios selecionados. Reprodução: Flipar


A empresa também criou a Americanas Local, sistema inaugurado em 2016, num formato de loja de conveniência, com tamanho reduzido e produtos alimentícios selecionados. Reprodução: Flipar

Pela internet, as vendas são feitas no site Americanas.com, e, além de negociar os produtos da própria rede, a companhia também tem parceiros que anunciam as mercadorias por intermédio da companhia. Reprodução: Flipar


Pela internet, as vendas são feitas no site Americanas.com, e, além de negociar os produtos da própria rede, a companhia também tem parceiros que anunciam as mercadorias por intermédio da companhia. Reprodução: Flipar

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Fonte: iG

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