Da Redação Avance News
Diante da maior catástrofe ambiental da história do Rio Grande do Sul, que afetou quase 95% dos municípios do estado, o Instituto Desenvolve Pecuária está lançando um movimento para recuperar o setor pecuário gaúcho. A ideia do projeto é incentivar o consumo da carne local, dessa forma, oferecendo um produto de alta qualidade e também ajudando a fortalecer a economia do estado.
O tema foi discutido no quadro “Raio-X da Pecuária”, que foi ao ar no telejornal Mercado & Cia e contou com a participação do vice-presidente do instituto, Ivan Faria.
“A tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul nos motivou a criar este projeto,” disse Faria. “Nosso trabalho é agregar todas as forças de produção de pecuária, interagir com o mercado e fortalecer a relação com a cadeia, varejo e indústria”, acrescentou.
O impacto da catástrofe foi significativo, com perdas que continuam ocorrendo. “Não é possível estimar as perdas para a pecuária gaúcha, pois elas ainda estão acontecendo,” afirmou Faria.
O evento causou um impacto ambiental e logístico severo, com arrastes de solo e perdas de lavouras. “Nossa pecuária é integrada com a agricultura, e as lavouras foram muito impactadas, destruindo os solos e comprometendo as pastagens de inverno.”
O Instituto Desenvolve Pecuária visa políticas que fortaleçam o setor e ações para levar informação aos consumidores sobre a qualidade da carne gaúcha.
“O Rio Grande do Sul tem uma pecuária diferenciada, com base nas raças britânicas. Buscamos fortalecer a marca gaúcha e levar essa informação aos consumidores brasileiros, mostrando que nossa carne é similar à produção uruguaia e argentina, valorizadas por marmoreio, cobertura, maciez e precocidade”, destacou Faria.
Com a recente posse na vice-presidência para o triênio 2024-2027, ele enfatiza os objetivos de sua gestão. “Nossa missão é difundir ciência e tecnologia, implementar boas práticas de manejo e bem-estar ambiental, e levar conhecimento aos nossos associados. Queremos também fortalecer a relação entre produtores e frigoríficos, trazendo mais transparência e investindo em qualidade”, concluiu.
O Instituto planeja criar o Instituto Gaúcho da Carne, inspirado pelo Instituto Mato-Grossense da Carne, para melhorar a transparência nas relações comerciais dentro do setor.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo