Da Redação Avance News
Não é novidade para ninguém que os preços competitivos das montadoras chinesas fez com que as vendas de carros elétricos e híbridos novos disparassem no Brasil em 2024. No entanto, o que talvez seja uma surpresa é que quem quer revender esses veículos enfrenta grandes dificuldades, segundo uma pesquisa da plataforma InstaCarro divulgada pelo UOL.
De acordo com o estudo, no primeiro trimestre de 2024, o número de anúncios de elétricos e híbridos foi três vezes maior que no mesmo período em 2023. Porém, esses carros vêm sendo vendidos até 30% abaixo do valor da Tabela Fipe e 16% abaixo do que carros a combustão.
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Neste ano, por exemplo, segundo o levantamento, o Toyota Prius 2018 é anunciado, em média, por apenas 69,5% do valor da Fipe. Já o Hyundai HB20 2022 alcança ofertas médias de 86% do preço de mercado.
E há diversos motivos para explicar esses valores.
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Por que carros eletrificados desvalorizam mais rapidamente?
- A desvalorização acentuada dos seminovos e usados da categoria é também um reflexo das incertezas que pairam sobre durabilidade e custos de manutenção desses veículos. Como ainda não é algo popular no Brasil, já era de se esperar que isso acontecesse.
- O sistema elétrico é um fator importante. Uma eventual necessidade de substituição da bateria fora da garantia preocupa pelo alto custo que isso significaria.
- A infraestrutura de recarga ainda não é espalhada pelo país.
- Muitos consumidores têm dúvidas sobre a vida útil dessa tecnologia, que é muito recente em nosso dia a dia.
- Para completar ainda há um aumento nos impostos a caminho.
Apesar dessas preocupações, é possível encontrar carros elétricos usados e seminovos em bom estado. Os automóveis elétricos e híbridos representam um avanço importante rumo a um futuro mais limpo e eficiente. No entanto, para que esses veículos se tornem mais viáveis e populares em países subdesenvolvidos, ainda há um longo caminho a se percorrer em termos de infraestrutura.