A ex-ginasta brasileira Daniele Hypolito compartilhou em seu Instagram um vídeo explicando o motivo de suas últimas quatro internações, que estão acontecendo desde o início de 2023. No último domingo (7), ela entrevistou seu médico, Júlio Ramos, que apresentou o quadro clínico da ex-atleta. Ela teve um quadro infeccioso após uma infecção urinária e sinusite.
“Vou fazer umas perguntas a ele para tirar as dúvidas de vocês sobre o meu caso. Dr. Júlio, a primeira coisa que eu queria perguntar é se essa internação e o que eu estou tendo tem alguma coisa a ver com a primeira internação que eu tive?”, disse ela.
“Ela teve o que a gente chama de pielonefrite, que é uma infecção urinária, isso é muito comum no dia a dia. É falta de beber água e não ir ao banheiro, à vezes ter que segurar faz com que faça infecção urinária. No dia a dia, essa bactéria vai se instalar no rim. Então ela fez uma pielonefrite, que é tratada com antibiótico e não deixa de ser grave”, explicou Júlio Ramos.
“Ela tinha uma sinusite, a gente chama de pansinusite, que é uma sinusite com a secreção toda fechada na face e a bactéria estava lá. Essa sinusite crônica, no momento da queda da própria imunidade, agudiza, ou seja, a bactéria começa a se multiplicar e aí foi o caso da Dani em relação a isso”, continuou o médico.
Por conta da bactéria e da imunidade baixa, Dani teve uma série de outros sintomas e precisou ser internada no CTI para um acompanhamento mais de perto.
“Ela teve uma queda de pressão, fez uma taquicardia, uma aceleração, começou a sentir mal-estar. Ela foi para uma unidade intensiva para termos um controle maior. Pelo risco e pela gravidade”, disse ele.
O médico contou que é comum as pessoas negligenciarem os sintomas e o quadro se agravar.
“Às vezes a pessoa vai sentindo dor na parte frontal e deixa. E vai se formando essa sinusite crônica. Quando cai nossa imunidade, ela se aproveita disso. A preocupação da pansinusite é ela ir para cima, e ter uma meningite. Era minha preocupação em relação a Dani”.
Daniele Hypolito tomou antibióticos na veia por 15 dias, mas o quadro continuou com 60% de secreções nos seios da face, por isso os médicos optaram pela cirurgia, que ainda não ocorreu.
“Era esperado de 20% a 30% de congestionamento nasal, mas não tem como a gente liberar um paciente com 65% de secreção. Precisamos fazer uma outra abordagem para limpar e ajudar o antibiótico a penetrar. A gente tenta evitar a cirurgia ao máximo, porém, acredito que essa será a solução para tirar a secreção”, completou ele.
Após o procedimento cirúrgico, Dani deve permanecer no hospital por até 10 dias, dependendo de como for sua recuperação.
“Se estiver com muita secreção, muito grudado, ocorre mais tempo de pós operatório. Não temos um parâmetro exato porque cada paciente responde de uma maneira. Vai depender da própria cirurgia que vai ser feita”, explicou o Dr. Júlio Ramos