A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop, remarcou, pela segunda vez, o Tribunal do Júri do réu Edgar Ricardo de Oliveira, apontado como um dos autores da chacina em Sinop, a 480 km de Cuiabá, que vitimou sete pessoas, entre elas uma adolescente.
O promotor de Justiça, que atua no caso, informou ao juízo que estará de férias entre 29 de outubro à 22 de novembro. A juíza destacou a impossibilidade de designação de um promotor substituto e antecipou o julgamento para o dia 15 de outubro, às 8h30.
A princípio, o julgamento havia sido definido pela primeira vez para o dia 18 de junho deste ano, mas a Justiça de Mato Grosso acatou o pedido da Defensoria Pública e remarcou para 5 de novembro, devido a saída do advogado Marcos Vinicius Borges do caso. Fazendo com que essa seja a terceira data sugerida.
Um vídeo registrado por um câmera de segurança do bar mostra o momento em que Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro mataram sete pessoas, incluindo uma adolescente, após jogo de sinuca, no dia 21 de fevereiro de 2023.
De acordo com a Polícia Militar, os autores do crime perderam a partida, foram buscar mais dinheiro, voltaram ao bar e perderam novamente. Depois de serem alvo de piadas das pessoas que participavam do jogo, foram até o carro e pegaram duas armas.
Os atiradores pedem para que as algumas das vítimas fiquem de costas, viradas para a parede. Um deles pega uma espingarda calibre 12 mm na caminhonete e chega atirando. Algumas vítimas tentam correr, mas são atingidas já fora do bar por tiros de espingarda.
Após a execução, os homens pegam o dinheiro que está em uma das mesas de sinuca e outros objetos e fogem em uma caminhonete que estava estacionada em frente do bar.
As vítimas foram identificadas como Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, Elizeu Santos da Silva, de 47 anos, Josué Ramos Tenório, de 48 anos, Adriano Balbinote, de 46 anos, Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos e Larissa Frasão de Almeida, de apenas 12 anos, filha de Getúlio.
Dois dias após o crime, Edgar se entregou à polícia depois de saber da morte de Ezequias, durante um confronto, que aconteceu em uma área de mata, próxima ao aeroporto de Sinop.
O suspeito foi atingido e chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional do município, mas não resistiu aos ferimentos.