Quando falamos em doenças respiratórias, as mais conhecidas incluem gripe, resfriado, sinusite e rinite
. No entanto, você já ouviu falar em crupe
? A seguir, o Dr. Bruno Leandro de Souza
, pediatra e professor do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ), explica o que é esse problema e quais os sintomas.
O que é crupe?
De acordo com o especialista, o crupe afeta a laringe, a traqueia e os brônquios de crianças entre os seis meses e três anos de idade
. No entanto, ele também pode se manifestar em crianças mais velhas.
“O crupe continua sendo uma condição comum entre crianças pequenas e não é considerada uma enfermidade rara, especialmente durante as estações de outono e inverno
, quando as infecções virais
são mais frequentes”, destaca.
A transmissão
ocorre, principalmente, por meio das gotículas respiratórias expelidas durante a tosse ou o espirro de uma pessoa infectada.
“Também pode ser transmitido pelo contato com superfícies contaminadas”, acrescenta o médico.
O que causa o crupe?
Os principais responsáveis pelo crupe são os vírus
, por exemplo, o parainfluenza, o vírus sincicial respiratório, o adenovírus e o vírus da gripe.
Quais os sintomas do crupe?
Os sintomas
mais comuns do crupe são:
- Tosse
- Rouquidão
- Dificuldade de respirar, principalmente durante a noite
- Febre
- Som áspero e agudo durante a inspiração
“Manifestações de resfriado comum, como coriza
e dor de garganta
, podem preceder os sintomas respiratórios”, conta o Dr. Bruno.
Como é o tratamento do crupe?
Na maioria das vezes, o crupe é autolimitado
e apresenta uma melhora em cerca de uma semana
. No entanto, em casos mais sérios, podem ocorrer dificuldades respiratórias
, necessitando de atendimento médico urgente.
O pediatra explica que raramente acontecem complicações mais graves, como infecções secundárias ou insuficiência respiratória
.
O tratamento do crupe
é determinado de acordo com a gravidade do quadro. Para casos leves, medidas como manter a criança calma, ingerir líquidos quentes ou em temperatura ambiente e usar umidificador de ar costumam ajudar.
Em casos moderados a graves, medicamentos corticoides podem ser indicados para minimizar a inflamação das vias aéreas, assim como epinefrina nebulizada, que contribui para o alívio da obstrução. Dificuldades respiratórias severas exigem a internação hospitalar.
“Os pais devem estar atentos aos sinais de dificuldade respiratória grave
, como retração das costelas ao respirar, cianose (coloração azulada da pele) ou letargia, e buscar atendimento médico imediato se esses sintomas aparecerem. Para prevenir, os cuidados importantes incluem a higiene adequada das mãos
e evitar o contato com pessoas infectadas”, conclui o médico.