Da Redação Avance News
O mercado brasileiro de soja registrou mais um dia de queda nas cotações nesta quarta-feira (7). Os preços físicos acompanharam o recuo do dólar frente ao real e da Bolsa de Chicago (CBOT), principais formadores de preço.
Além disso, os prêmios não trouxeram suporte, havendo poucas indicações e um aumento na disparidade entre comprador e vendedor. Durante o dia, foi possível observar um afastamento dos produtores da comercialização e tradings tentando pressionar as cotações com indicações fracas.
Confira os preços da soja no Brasil
- Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 134,50 para R$ 131,50.
- Na região das Missões, a cotação foi de R$ 132,50 para R$ 130,50 a saca.
- No Porto de Rio Grande, o preço desvalorizou de R$ 140 para R$ 139 a saca.
- Em Cascavel (PR), a saca recuou de R$ 133 para R$ 132.
- No Porto de Paranaguá (PR), o preço teve baixa de R$ 139 para R$ 138.
- Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 129 para R$ 127.
- Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 126 para R$ 123 a saca.
- Em Rio Verde (GO), a saca teve recuo de R$ 125 para R$ 123.
Soja na Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na CBOT fecharam o dia em baixa. O mercado segue sendo pressionado pelos fatores fundamentais. O clima favorável nos Estados Unidos encaminha uma safra cheia. Pelo lado da demanda, há preocupações com a situação da economia da China.
Os chineses são os principais compradores mundiais da oleaginosa. As importações de soja em grão pela China no mês de julho somaram 9,85 milhões de toneladas, representando um aumento de 2,9% em relação ao mesmo mês de 2023.
A expectativa do mercado era de 12 milhões a 13 milhões de toneladas. No acumulado de 2024, as importações chinesas somaram 58,33 milhões de toneladas, queda de 1,3% sobre igual período de 2023.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá cortar as suas estimativas para a safra e os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25. O relatório mensal de agosto do USDA para oferta e demanda americana e mundial será divulgado na segunda (12), às 13h.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 472 milhões de bushels em 2024/25. Para 2023/24, o mercado aposta em número de 347 milhões de bushels. Em julho, a previsão do USDA era de 435 milhões e 345 milhões, respectivamente.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,469 bilhões de bushels para 2024/25. Em julho, o Departamento apontou safra de 4,435 bilhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais de 2024/25 de 127,6 milhões de toneladas. Em julho, o número ficou em 127,8 milhões. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de 110,9 milhões, abaixo dos 111,3 milhões indicados no mês passado.
- Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 8,75 centavos de dólar, ou 0,86%, a US$ 10,18 3/4 por bushel.
- A posição novembro teve cotação de US$ 10,18 3/4 por bushel, com perda de 8,00 centavos ou 0,77%.
- Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 8,30 ou 2,54% a US$ 318,30 por tonelada.
- No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 40,88 centavos de dólar, com ganho de 0,92 centavo ou 2,3%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,6%, sendo negociado a R$ 5,6243 para venda e a R$ 5,6223 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5976 e a máxima de R$ 5,6406.