Da Redação Avance News
Pouco mais de três meses após a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, o estado se prepara para sediar uma das maiores feiras agropecuárias da América Latina, a Expointer 2024. O evento representa uma oportunidade para a recuperação do setor agrícola e para a movimentação da economia estadual.
Contexto de recuperação
O jornalista e analista político Cleber Benvegnú destaca a importância da feira no contexto atual. “Este evento é um marco na recuperação do Rio Grande do Sul após as enchentes devastadoras. A Expointer não é apenas uma vitrine para o agronegócio, mas também um símbolo de resiliência e reconstrução para o estado”, afirmou Benvegnú.
Preparativos para a Expointer
Os preparativos para a Expointer estão a todo vapor no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, que foi duramente atingido pelas enchentes em maio. O parque ficou alagado por quase 20 dias, com água chegando a 1,5 metros de altura. No entanto, a recuperação tem sido rápida, com um esforço conjunto entre governo, entidades e empresas para garantir que a feira ocorra conforme planejado. “O espírito de unidade é forte, e a feira deste ano terá um valor simbólico especial, além do seu já significativo impacto econômico”, disse Benvegnú.
Impacto econômico e social
No ano passado, a Expointer movimentou cerca de 8 bilhões de reais. Este ano, a expectativa é ainda maior, com a feira sendo vista como um ponto de retomada para a economia gaúcha. A feira acontece de 24 de agosto a 1º de setembro e contará com a presença de máquinas e animais, seguindo o roteiro tradicional do evento.
Mobilização dos produtores
Paralelamente aos preparativos para a Expointer, produtores rurais gaúchos estão mobilizados em um grande tratoraço em Porto Alegre, exigindo medidas mais efetivas de apoio para a recuperação pós-enchente. A insatisfação com a recente medida provisória do governo federal, considerada insuficiente e burocrática, foi expressa por centenas de produtores que se reuniram na capital do estado. “Há um consenso sobre a necessidade de uma resposta mais adequada do governo federal para atender às reais necessidades dos produtores”, destacou Benvegnú.