Da Redação Avance News
Em meio à dor e ao sofrimento do luto, amigos e familiares das vítimas do acidente aéreo com a avião da empresa VoePass passaram a denunciar tentativas de golpe envolvendo a tragédia.
Segundo relatos dessas pessoas, criminosos estão criando perfis fakes nas redes sociais para pedir a transferência de dinheiro via Pix.
Eles usam o nome e a foto das vítimas, dizem se tratar de algum parente e afirmam que precisam de dinheiro para arcar com os custos do caixão ou do velório.
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E isso aconteceu mais de uma vez. No caso da professora de Educação Física Isabella Santana Pozzuoli, de 30 anos, os bandidos criaram 5 perfis fakes, como você pode ver nessa postagem a seguir.
Perceba que o nome do perfil muda nas fotos – e isso é uma forma de identificar quando a conta é fake. Ela emula um perfil original, com a mudança de alguns caracteres apenas.
É triste e ao mesmo tempo revoltante ver uma situação dessas. A falta de humanidade de algumas pessoas assusta. E cabe às autoridades investigar e punir o responsáveis. A nós, pessoas comuns, o que podemos fazer é denunciar.
Como identificar e denunciar um fake
- Quem derruba uma conta falsa é a própria plataforma.
- Mas ela só analisa o fake se ele for denunciado.
- Para identificar perfis assim, é importante ficar atento a algumas características, como a data das postagens e a quantidade delas.
- Perfis fakes normalmente têm posts recentes apenas e com pouco conteúdo no feed.
- Outra dica é ver os comentários das fotos, para saber se outros familiares interagiram com a conta.
- Caso você identifique um fake, toque no ícone de três pontinhos na parte superior direita da tela e selecione a primeira opção “Denunciar…”.
- Um dos tópicos que vai aparecer é “Algo sobre esta conta”.
- Na sequência, clique em “A pessoa está fingindo ser outra pessoa”.
- Lembrando que esse é o procedimento padrão do Instagram.
- Mas isso vale também para outras redes sociais.
Mais informações sobre o acidente aéreo
O avião que caiu na última sexta-feira (9) saiu de Cascavel (PR) às 11h58 com destino a Guarulhos (SP). A queda ocorreu poucas horas depois, em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo, interior paulista.
De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, a aeronave era um turboélice modelo ATR-72 e voava com 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. Ninguém sobreviveu.
Trata-se do acidente aéreo com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, em 2007, no Aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos.
As investigações sobre o caso já começaram, mas devem demorar, como já explicamos aqui no Olhar Digital.
A companhia aérea afirmou, em nota, que o avião estava apto para voar e sem restrições. O Cenipa, órgão da aeronáutica responsável pela investigação do acidente, disse em coletiva que ainda é cedo para apontar as causas do acidente.
As “ações iniciais” da investigação foram concluídas nesta segunda-feira (12). Para saber mais sobre o assunto, acesse este outro texto do Olhar Digital.