sábado, 23 novembro 2024
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Anatel deve descentralizar cabos submarinos em todo o Brasil

Da Redação Avance News

Após as polêmicas envolvendo a Praia do Futuro, em Fortaleza (CE), os cabos submarinos de internet que por lá passam e a futura usina de dessalinização a ser construída na região, a Anatel trabalha para criar novas diretrizes com relação ao tema.

O órgão está trabalhando com duas agendas sobre a temática. O superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, explicou que a primeira delas trata da elaboração de regulamentação das praias que poderão receber cabos submarinos.

“Estamos criando requisitos, como, por exemplo, qual o tipo de edificação poderá existir nas praias que poderão receber essa infraestrutura crítica”, disse. Além disso, o órgão pensa na descentralização deles.

“Estamos fazendo trabalho de reflexão para a desconcentração dos cabos submarinos. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem dois cabos chegando em cada estado. Não devem existir todos os cabos em único local”, pontuou Borges.

Usina de dessalinização foi alvo de polêmicas por conta dos cabos submarinos que passam pela Praia do Futuro (Imagem: Divulgação/Cagece)

Leia mais:

Como Anatel estuda descentralização dos cabos submarinos

  • A Anatel trabalha nos estudos com a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), pertencente ao Ministério da Gestão, que regula e cuida de praias e demais patrimônios públicos;
  • Os cabos que passam por Fortaleza têm até mais de 20 anos e não precisaram de licenças para serem instalado, contudo, a intenção, agora, é organizar melhor toda essa infraestrutura;
  • “Essas propostas estão associadas também à gestão de riscos, de maneira a minimizar os associados aos cabos de aportarem no mesmo lugar”, indicou Borges.

O general Alan Denilson Lima, do Comando de Defesa Cibernética, indicou que, entre 14 e 18 de outubro, serão realizadas simulações de problemas com cabos submarinos, visando testar a capacidade de reação dos órgãos quando um problema assim acontecer – se acontecer.

Vamos simular um gabinete de crise, que vai exigir a ação de órgãos e empresas, para responder: se acontecer um problema em um cabo submarino, como vamos reagir a isso? Quais órgãos têm responsabilidade? Como comunicar à sociedade? Como responder ao incidente? Tudo isso será trabalhado.

General Alan Denilson Lima, do Comando de Defesa Cibernética

Como informa o Tele.Síntese, os testes farão parte do sexto Exército Guardião Cibernético, sob coordenação da Escola Superior de Defesa, Comando Conjunto de Defesa Cibernética e Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Participarão da experiência dezenas de organizações, incluindo Anatel e operadoras de telecomunicações.

Em 2023, o exercício não contemplo testes de crise com cabos submarinos, mas contou com 520 participantes, como Algar, Alares, Brisanet, Cirion, Claro, Correios, Datora, Oi, Sky, Telecall, Telcables, Telebras, TIM, UM Telecom, Vivo, V.tal, Winity. Além de Anatel, ANPD, Serpro e Cert.br.

Cabos submarinos
Descentralização de cabos submarinos já é algo comum nos EUA (Imagem: shutterstock/Vismar UK)



Fonte: Olhar Digital

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