Charuto é um dos produtos mais comercializados pelos cubanos
A comparação entre os impactos à saúde causados pelo uso de charuto
e cigarro
de maconha
é um tema que gera interesse tanto no meio científico quanto na sociedade em geral. Ambos os produtos são inalados,
mas possuem composições e modos de uso distintos, o que leva a diferentes tipos de riscos à saúde.
O charuto é composto por folhas de tabaco
fermentadas e curadas, enroladas em uma camada externa de tabaco. A principal diferença em relação ao cigarro comum é o tamanho, a quantidade de tabaco e a forma de consumo.
Muitos usuários de charuto não inalam a fumaça profundamente nos pulmões, o que reduz a exposição direta ao alcatrão e outras substâncias tóxicas que causam câncer de pulmão. No entanto, a exposição prolongada à fumaça de charuto pode causar câncer de boca, garganta, esôfago e laringe.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o risco de desenvolver câncer oral é significativamente maior entre fumantes de charuto, mesmo sem a inalação profunda. Além disso, o tabaco contém nicotina, uma substância que causa dependência, levando ao uso contínuo e potencialmente ao aumento do risco de doenças cardíacas e pulmonares.
Maconha
A maconha, por sua vez, é uma planta cujas flores secas são frequentemente consumidas em forma de cigarro, conhecido como “baseado”. A principal substância psicoativa presente na maconha é o tetraidrocanabinol (THC), que afeta o sistema nervoso central.
Diferente do charuto, o cigarro de maconha é geralmente inalado profundamente, o que leva a uma maior absorção dos compostos presentes na fumaça.
Embora a maconha não contenha tabaco, a fumaça gerada pela sua queima também contém substâncias cancerígenas, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, semelhantes aos encontrados na fumaça do tabaco.
Estudos das Sessões Científicas da American Heart Association na Filadélfia indicam que fumar maconha pode causar danos aos pulmões semelhantes aos causados pelo tabaco, como bronquite, ataque cardíaco e outros problemas respiratórios.
Além disso, o uso prolongado e frequente de maconha pode levar à dependência, embora a probabilidade de dependência seja considerada menor em comparação com a nicotina.
Há também evidências de que o uso crônico de maconha pode impactar a memória, o aprendizado e a saúde mental, aumentando o risco de transtornos de ansiedade e psicose em indivíduos predispostos.
Tanto o charuto quanto o cigarro de maconha apresentam riscos à saúde, mas de naturezas diferentes. A escolha entre os dois produtos envolve diferentes tipos de riscos, e os efeitos adversos variam de acordo com a frequência e o padrão de uso.
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