O Ibovespa
, principal índice da bolsa brasileira, registrou um novo recorde nesta segunda-feira (26), fechando em 136.889 pontos, um aumento de 0,94%. Este desempenho foi impulsionado principalmente pela valorização das ações da Petrobras
, que subiram mais de 7%, refletindo o impacto das tensões no Oriente Médio sobre os preços do petróleo.
Durante o dia, o índice chegou a atingir o pico de 137.013 pontos, superando a marca de 136.464 pontos estabelecida na semana anterior.
O aumento no preço do petróleo foi influenciado pelo conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah, apoiado pelo Irã. As tensões na região, que é importante para a produção global de petróleo, elevaram as cotações do produto, o que beneficiou diretamente as ações da Petrobras.
No entanto, esse aumento nos preços do petróleo pode ter implicações negativas para a inflação global, incluindo a brasileira, à medida que o custo dos combustíveis sobe, pressionando os preços em toda a cadeia produtiva.
Enquanto isso, no cenário internacional, os investidores demonstram otimismo com a possibilidade de queda nas taxas de juros nos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que o banco central norte-americano pode manter uma postura mais cautelosa, o que reduziu as expectativas de novos aumentos nas taxas de juros.
A decisão do Federal Reserve, prevista para setembro, é aguardada com grande expectativa pelo mercado financeiro, já que a política monetária dos EUA influencia diretamente os fluxos de capital e a valorização do dólar
.
Mercado brasileiro
No mercado brasileiro, as atenções se voltam para a possível nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. Galípolo, que atualmente é secretário-executivo do Ministério da Fazenda, tem feito declarações mais duras em relação à inflação, o que gerou especulações sobre um possível aumento da taxa Selic.
Embora o cenário externo apresente sinais de melhora, a perspectiva de uma política monetária mais restritiva no Brasil preocupa os investidores, especialmente em um contexto onde a inflação para 2024 e 2025 já se aproxima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central.
Além disso, o dólar registrou uma leve alta de 0,23%, sendo cotado a R$ 5,4922. A valorização da moeda norte-americana reflete tanto as incertezas internacionais quanto as expectativas em relação à política econômica interna.
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