Da Redação Avance News
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A Neuralink já implantou um segundo chip cerebral em um paciente, conforme informou o o dono da empresa Elon Musk em conversa com Lex Fridman, pesquisador do MIT. À medida que aumentam as pesquisas sobre o dispositivo, surge uma questão: é possível hackear o dispositivo?
Segundo o primeiro paciente que teve a implantação do chip, a resposta curta é sim. Em 28 de janeiro, Noland Arbaugh se tornou o primeiro paciente da companhia de Elon Musk. Ele ficou paraplégico em 2016 quando bateu a cabeça ao nadar em um lago. Com a implantação do chip, Arbaugh consegue mover o cursor do computador a partir do “poder da mente”.
Em uma entrevista de podcast de Joe Rogan, quando o apresentador trouxe a possibilidade de forma descontraída a possibilidade de humanos se tornarem ciborgues e se tornarem alvos de hackers e vírus, Arbough disse que hackear o chip da Neuralink não faria muita diferença, pelo menos por enquanto.
“Talvez você pudesse ver alguns sinais cerebrais, poderia ver alguns dos dados que a Neuralink está coletando. Pode ser que você conseguisse controlar meu cursor e minha tela e me fazer olhar coisas estranhas. Mas é só isso”, disse.
Como seria possível hackear o chip da Neuralink?
Em entrevista ao jornal The Sun, o especialista segurança cibernética Roger Grimes, que 35 anos de experiência na área, afirmou que dispositivos como o da Neuralink podem ser mortais.
Segundo ele, a história mostra que a maioria, se não todos, os dispositivos implantados e chips médicos podem ser hackeados. “Por que esse seria diferente?”, questiona.
Entretanto, seria extremamente difícil para alguém de fora do processo e da Neuralink conseguir hackear o chip. Para Grimes, é improvável que o dispositivo seja hackeado tão cedo.
O invasor precisaria, por exemplo, estar perto fisicamente do chip, além de ter conhecimento específico sobre o funcionamento do dispositivo e como manipular suas operações. Por enquanto, ainda não há muitas informações em nível técnico de como o chip da Neuralink funciona.
Uma das vantagens dos dispositivos frente aos hackers é que não está ligado à internet. Isso reduz o risco de ataques cibernéticos. Os invasores também precisariam saber qual o sistema operacional do computador que o chip usa. Não deve ser um software popular, que costuma ser mais suscetível a hackers.
“Isso significa que será significativamente difícil para aqueles que não têm as especificações internas para descobrir como hackeá-lo, e nenhuma das ferramentas tradicionais de hackeamento iriam funcionar contra ele”, explica o especialista.
Caso o chip da Neuralink sofra um ataque hacker, uma das maiores preocupações de Grimes é que a vida do usuário seja prejudicada. Dependendo do motivo pelo qual o chip for usado, as consequências podem ser mortais. Mas o especialista não forneceu maiores explicações sobre seus usos e possíveis impactos.