Um neurocirurgião
austríaco foi demitido e está sendo investigado por permitir que sua filha de 13 anos realizasse uma perfuração craniana em um paciente durante uma cirurgia de emergência
. O incidente ocorreu em 13 de janeiro no Hospital Universitário de Graz, quando um homem foi levado às pressas após sofrer um acidente em uma área florestal.
Durante a cirurgia, o cirurgião teria deixado sua filha executar o procedimento, que envolve a perfuração do crânio
para aliviar a pressão intracraniana.
Embora a perfuração craniana seja um procedimento comum em casos de traumatismo craniano, a idade e a falta de qualificação da jovem levantaram sérias preocupações éticas e legais.
A situação foi agravada por outro incidente envolvendo o mesmo paciente, que foi submetido a uma cirurgia cerebral no lado errado da cabeça por engano. Esse erro, que ocorreu também em janeiro, só veio à tona em abril, após uma denúncia anônima.
Demissão e processo
Os médicos envolvidos na cirurgia errada foram demitidos, e o paciente, que sobreviveu à operação, agora está processando o hospital por danos. O paciente, que passou 11 dias na UTI após a cirurgia, não consegue se lembrar do incidente.
“Você fica aí deitado. Relutante, inconsciente e se torna cobaia. Provavelmente não há outra maneira de dizer isso… isso não é possível. Você não pode fazer isso. Não houve contato, nenhuma explicação ou pedido de desculpas, nada. Isso é simplesmente indigno”, declarou Peter Freiberger, advogado do paciente, que está agora buscando compensação pelos danos sofridos.
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