ARNULFO FRANCO
Em recuperação após passar por uma seca, o Canal do Panamá prevê uma receita recorde de 5,6 bilhões de dólares (31 bilhões de reais) no ano fiscal de 2025, segundo o orçamento aprovado nesta terça-feira (27) pelo Congresso panamenho.
Também se projeta que a infraestrutura contribua com 2,8 bilhões de dólares (15 bilhões de reais) para o Tesouro do país, uma cifra inédita para a via panamenha, inaugurada pelos Estados Unidos em 1914.
As contas do canal para o próximo ano fiscal, que começa em 1º de outubro, foram aprovadas por unanimidade no Congresso. Segundo as previsões contidas nos balanços, aproximadamente 13.900 navios vão cruzar a via entre o Pacífico e o Atlântico, transportando 520 milhões de toneladas de carga.
A receita do canal vem da cobrança de portagem, da venda de energia elétrica e de serviços marítimos. Cerca de metade dessa verba se destina a operações e manutenção, e o restante vai para o Tesouro.
A Autoridade do Canal do Panamá (ACP), uma entidade pública autônoma, elabora o orçamento para a via marítima, que precisa ser aprovado pelo Congresso.
A escassez de chuvas levou em 2023 a uma redução da passagem diária de navios pelo canal, de 38 para 22. Com o aumento das precipitações em 2024, o trânsito subiu para 35 embarcações.
Apesar da restrição, a receita do canal não foi afetada, devido à implementação de diferentes medidas, entre elas novas tarifas, explicaram autoridades.