A busca por mais saúde
e qualidade de vida tem feito muitos idosos
adicionarem diferentes modalidades de atividades físicas à suas rotinas, desde a tradicional caminhada
até mesmo a musculação. Mas, diante de um bom condicionamento físico, será que também é possível correr na terceira idade
?
De acordo com Carlos Felipe Albuquerque
, profissional de Educação Física e diretor da Runners Club, os benefícios da corrida de rua
para a saúde física e mental são diversos para as mais variadas faixas etárias, inclusive as pessoas idosas. E, segundo ele, a verdade é que não existe limite de idade para correr.
“Qualquer indivíduo que esteja clinicamente saudável, com exames em dia e liberação médica, pode praticar a atividade com o suporte de um profissional especialista em corrida ou de um clube de corrida
registrado, para garantia do conforto e segurança”, afirma.
A modalidade também é uma boa aposta para idosos que nunca a praticaram, mas gostariam de iniciar. Para isso, no entanto, é preciso passar por uma avaliação médica para o direcionamento para todas as intervenções e cuidados necessários. “Na sequência, é feita uma avaliação física específica para montagem de treinamento
, respeitando as limitações, caso existam”, explica Albuquerque.
Quantas vezes por semana a pessoa idosa pode correr?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), indivíduos com 65 anos ou mais devem fazer pelo menos 60 minutos de atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa, por dia. Quando o assunto é corrida
, o profissional afirma que o indicado é praticar de duas a três vezes por semana, entre 40 minutos e 1 hora de atividade.
“É fundamental, ainda, o trabalho de mobilidade
, flexibilidade
e fortalecimento muscular específico para as regiões que são mobilizadas durante a corrida”, ressalta ele.
Quais as indicações e riscos da corrida na terceira idade?
“A corrida é para toda pessoa que quer melhorar a qualidade de vida e sair do sedentarismo, sobretudo aquelas que apresentam sobrepeso ou obesidade
, em especial na terceira idade
”, afirma Albuquerque.
Segundo o especialista, o corpo precisa de movimento para melhorar as condições fisiológicas e metabólicas, e a corrida é uma modalidade que pode fazer isso. Entre os benefícios, estão a redução do risco de diabetes
, infarto e AVC, a melhora da respiração, qualidade do sono e condicionamento físico, e o controle da pressão
.
Quanto aos riscos da corrida na terceira idade
, o profissional afirma que são similares a qualquer outra atividade que leva o corpo a situações adaptativas, principalmente se o praticante tiver lesões ou traumas antigos que, com o estresse do exercício
, possam voltar a ficar aparentes. “Por isso, reforço a importância do auxílio profissional para que haja os cuidados necessários para manutenção do equilíbrio estrutural”, finaliza Albuquerque.