A seca prolongada em Mato Grosso está causando sérios problemas no abastecimento de água e afetando a população em diversas regiões do estado. Considerada a pior seca dos últimos 44 anos, a estiagem deste ano começou mais cedo, o que contribuiu para o aumento significativo dos focos de incêndio e a piora na qualidade do ar. Diante desse cenário crítico, 17 municípios e o próprio Governo do Estado decretaram situação de emergência.
O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) confirmou que Mato Grosso está enfrentando a pior seca desde 1980, o que agrava ainda mais a situação no estado.
Poconé foi o primeiro município a decretar situação de emergência em razão da seca, no dia 4 de julho. Desde então, vários outros municípios seguiram o exemplo, publicando decretos que autorizam a Defesa Civil a atuar na mitigação dos impactos do desastre, além de coordenar ações de reabilitação e reconstrução. Agentes e voluntários também podem ser convocados para ajudar nas operações e na arrecadação de recursos.
No dia 26 de agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou um aumento alarmante de 236% nos focos de incêndio em Mato Grosso em apenas um dia. No dia 20 de agosto, foram registrados 459 focos de incêndio, mas no dia 21, os satélites identificaram 1.543 focos em todo o estado.
Em resposta à gravidade da situação, o governador Mauro Mendes (União) decretou situação de emergência em todo o estado no dia 30 de agosto, devido aos incêndios florestais e às altas temperaturas.
Veja a lista completa:
Água Boa (estiagem)
Apiacás (seca)
Arenápolis (seca)
Barão de Melgaço (seca)
Cáceres (seca e estiagem)
Chapada dos Guimarães (seca)
Feliz Natal (estiagem)
Glória D’Oeste (seca)
Jangada (seca)
Juscimeira (estiagem)
Nossa Senhora do Livramento (seca)
Nova Bandeirantes (seca)
Poconé (seca)
Rondolândia (estiagem)
Santa Cruz do Xingu (seca)
São José dos Quatro Marcos (seca)
Tangara da Serra (queimadas)