Transar todos os dias pode trazer muitos benefícios, como melhorar o humor , fortalecer o sistema imunológico e reduzir o estresse. Além disso, a atividade sexual pode aprimorar a qualidade do sono e fortalecer o vínculo entre parceiros. Mas, quando a prática diária levanta dúvidas sobre seus efeitos na saúde , o que devemos considerar?
Segundo Vitor Mello , sexólogo e especialista em harmonização íntima masculina, fazer sexo diariamente pode ser benéfico para a saúde, desde que seja consensual, prazeroso e respeite os limites físicos e emocionais de ambos os parceiros.
No entanto, ele ressalta que não há uma frequência ideal universal para a atividade sexual , o que é normal e saudável varia de pessoa para pessoa e de casal para casal. “Enquanto alguns casais se sentem felizes com uma relação sexual semanal, outros podem preferir uma frequência diferente. O essencial é que a prática seja adequada ao desejo e bem-estar de ambos os parceiros”, afirma.
Quanto às múltiplas relações em um dia, Mello observa que isso depende da capacidade física e do desejo de cada pessoa. O essencial é que não haja desconforto ou desgaste emocional.
Fatores para ficar atento na prática frequente
Apesar de a prática diária ser benéfica para a saúde, o profissional alerta para os possíveis desconfortos associados à alta frequência. “Sexo com muita frequência pode gerar lesões, feridas e assaduras, principalmente devido à limitação na lubrificação natural do corpo. Para as mulheres, isso pode levar a corrimentos como candidíase ou vulvovaginite, resultando em sintomas como coceira e dor”, ele aponta.
Além disso, a compulsão sexual também é uma preocupação real. “A compulsão sexual, ou transtorno do comportamento sexual compulsivo, envolve uma obsessão com o sexo e impulsos incontroláveis, mesmo quando isso afeta negativamente várias áreas da vida”, explica Mello.
A Organização Mundial da Saúde considera a compulsão sexual um distúrbio de saúde mental . Para quem enfrenta esses desafios, o especialista recomenda buscar ajuda profissional.
“A terapia cognitivo-comportamental pode ser eficaz no tratamento da compulsão sexual, ajudando a pessoa a retomar o controle sobre sua vida sexual de maneira equilibrada”, finaliza o especialista.