Da Redação Avance News
Na última quinta-feira (3), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tornou pública a lista com marcas e lotes de azeite de oliva que foram desclassificadas, sendo, portanto, impróprias ao consumo.
Esta foi uma das reportagens mais lidas do Canal Rural na última semana.
Ao todo são 11 marcas:
- Málaga;
- Rio Negro;
- Quinta de Aveiro;
- Cordilheira;
- Serrano;
- Oviedo;
- Imperial;
- Ouro Negro;
- Carcavelos;
- Pérola Negra; e
- La Ventosa
Segundo a pasta, os produtos foram analisados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária e foram desclassificados por estarem em desacordo com os parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa nº 01/2012.
Além disso, as empresas responsáveis por esses produtos estão todas com CNPJ baixado junto à Receita Federal, o que também reforça a ocorrência de fraude.
O Ministério avisa que outras marcas ainda estão sendo analisadas e assim que os resultados forem concluídos, nova lista será divulgada. Saiba mais detalhes aqui.
Apreensão de azeites adulterados
Já na última quarta-feira (2), em operação conjunta com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizou uma operação de combate ao comércio de azeites adulterados.
A ação suspendeu a venda de três marcas (Pérola Negra, Carcavelos e Serrano) e culminou na apreensão de 428 garrafas de azeite que eram vendidas em supermercados dos municípios capixabas de Cariacica e Vila Velha.
De acordo com a investigação, a venda dos três rótulos estava proibida por conta de fraudes e infrações sanitárias.
“A venda de uma dessas marcas já havia sido suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada. As outras duas são marcas possivelmente têm ligação, pois são distribuídas pela mesma fabricante da marca que estava proibida”, diz o delegado Eduardo Passamani, titular da Decon
Segundo ele, a proibição dos rótulos ocorreu porque o fabricante não se identifica e, portanto, não é possível saber a procedência dos produtos.
Preços muito baixos: desconfie
O delegado alerta para que o consumidor se atente ao preço dos produtos vendidos. “Esse produto estava abaixo do preço médio que o azeite está sendo vendido atualmente nos mercados. É um indicativo de que o produto é fraudado. É importante se atentar a essa discrepância no valor se comparado a produtos de qualidade reconhecida”, destacou.
De acordo com ele, os itens apreendidos estavam sendo vendidos a uma média de R$ 26 a R$ 28, enquanto o preço dos demais gira em torno de R$ 40.
“O criminoso pega um produto falsificado, coloca um preço muito baixo para vender rápido e joga em pequenas redes [de supermercados] para que a gente não consiga identificar”, relata Passamani.
Azeites passarão por análise
As garrafas apreendidas serão encaminhadas ao laboratório do Ministério da Agricultura, em Brasília, e passarão por análises para identificar a composição do produto.
“Vamos identificar o que tem dentro dessas garrafas. Em um primeiro momento, em uma análise sensorial, foi possível perceber uma possível presença de óleo”, disse o delegado.
De acordo com ele, em ações anteriores, já foi identificada a presença de óleo de lamparina dentro de garrafas de azeite no estado. Leia a reportagem completa.