sábado, 23 novembro 2024
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Turismo espacial: viagens custam a partir de R$1 milhão; confira preços

Da Redação Avance News

Nesta quinta-feira (24), durante uma transmissão ao vivo, a startup Deep Blue Aerospace, da China, vendeu imediatamente dois ingressos para um voo ao espaço previsto para 2027. E cada assento custou mais de um milhão de reais.

De acordo com o site chinês Global Times, o voo suborbital será realizado a bordo de uma espaçonave lançada pelo foguete reutilizável Nebula-1, desenvolvido pela própria empresa.

A viagem promete levar os passageiros a uma altitude entre 100 e 150 km, permitindo que cruzem a Linha de Kármán, marco estabelecido internacionalmente como o início do espaço. A duração do passeio será de cerca de 12 minutos, com pelo menos cinco de sensação de ausência de gravidade.

Embora 1,5 milhão de yuans (aproximadamente R$1,2 milhão) pareça um preço muito alto, esse valor representa menos da metade do cobrado pela concorrente Virgin Galactic, que oferece voos semelhantes por 450 mil dólares (mais de R$2,5 milhões). Veja outras opções mais adiante.

Voo de teste do foguete Nebula-1 lançado no deserto de Gobi em 22 de setembro de 2024. Crédito: Deep Blue Aerospace

Identidades dos compradores não foram reveladas 

Para participar do evento online, os interessados pagaram um depósito de 50 mil yuans (quase R$40 mil). Apenas pessoas entre 18 e 60 anos e em boas condições de saúde, que não tiveram suas identidades reveladas, puderam se inscrever.

Antes do embarque, os passageiros terão que passar por avaliações médicas rigorosas, já que a experiência pode ser arriscada para quem sofre de condições de saúde como problemas cardíacos ou epilepsia. A empresa garante que o retorno à Terra será feito de forma segura, por meio de um sistema de paraquedas instalado na espaçonave.

Além da ausência de gravidade, os passageiros terão a oportunidade de observar o espaço e a Terra de uma perspectiva única, em uma viagem que a empresa descreve como uma experiência imersiva e memorável – “mais do que uma simples excursão espacial, oferecendo uma jornada que conecta os passageiros ao mistério e à vastidão do Universo”.

Membros da missão Polaris Dawn, o mais recente voo comercial da SpaceX, cujos assentos custaram centenas de milhões de dólares, segundo estimativas. Crédito: John Kraus/Polaris/Divulgação

O anúncio despertou grande interesse nas redes sociais, com reações divididas. Enquanto alguns demonstraram empolgação com a oportunidade de viajar ao espaço, outros questionaram a segurança do voo e expressaram preocupações sobre o custo elevado, o que restringe a experiência aos mais abastados.

Durante a live, representantes da Deep Blue Aerospace explicaram que a venda antecipada de três anos foi planejada devido à complexidade do desenvolvimento da tecnologia de foguetes reutilizáveis, e que o período será utilizado para garantir que todos os testes e ajustes necessários sejam realizados, garantindo a segurança dos voos. 

O CEO da empresa, Huo Liang, argumentou que, embora o turismo espacial ainda seja caro, a tendência é que os custos diminuam conforme a tecnologia avance.

Em setembro, a Deep Blue Aerospace conduziu um teste de recuperação vertical de alta altitude do Nebula-1, marcando um avanço importante, apesar de problemas técnicos no pouso. Um novo teste está agendado para novembro, e a empresa espera alcançar o voo orbital com recuperação completa do Nebula-1 no início de 2025.

Leia mais:

Quanto cada empresa cobra para levar turistas ao espaço 

A SpaceX já realizou algumas missões comerciais ao espaço, como a Ax-1, com cada assento custando cerca de R$300 milhões, e a Polaris Dawn, cujo preço não foi divulgado, mas estimado em centenas de milhões de dólares. Esses voos são mais caros, pois duram mais e alcançam distâncias maiores, ao contrário das opções mais “acessíveis” da Blue Origin, de Jeff Bezos (com 10 minutos de duração), e da Virgin Galactic, de Richard Branson, (que dura quase 15 minutos).

Em 2021, a Blue Origin leiloou uma passagem para seu primeiro voo tripulado por US$28 milhões (R$150 milhões), mas o comprador desistiu e foi substituído por um estudante de 18 anos. Um ano depois, o preço caiu, e duas passagens foram vendidas por US$1,25 milhão (R$ 6,8 milhões) cada.

Já a Virgin Galactic cobra aproximadamente US$600 mil (R$3,2 milhões) por passagem. No início das vendas, há 20 anos, o valor era bem mais “em conta”: US$ 200 mil (R$1 milhão).

Enquanto viagens espaciais ainda são privilégios para poucos, muitos entusiastas comparecem aos locais de lançamento. A NASA oferece pacotes turísticos para assistir decolagens no Cabo Canaveral, na Flórida, cujos eventos podem ser encontrados no site do Centro Espacial Kennedy.



Fonte: Olhar Digital

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