sexta-feira, 22 novembro 2024
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Oferta global de suco de laranja deve cair 30%, com preços subindo no mesmo patamar, diz banco

Da Redação Avance News

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pela Citrus BR, apontam que as exportações de suco de laranja caíram 26% no acumulado de julho a setembro deste ano, período que representa o primeiro trimestre da safra 2024/25.

No entanto, em receita, o resultado dos embarques da bebida foi positivo, com alta de 43% no período, somando mais de US$ 850 milhões.

Segundo o analista setorial do Rabobank Brasil Andrés Padilla, a oferta global do produto caiu significativamente na safra 2024/25 por conta de uma quebra estimada em 30% na produção brasileira, assim como problemas na Flórida e no México, dois outros importantes mercados.

“Isso significa que a oferta global de suco de laranja vai cair mais ou menos 30% também, então a demanda está se ajustando, o que explica o fato de, neste momento, os preços estarem em um patamar historicamente alto”.

Contratos do suco de laranja

De acordo com ele, a previsão é que o preço médio dos contratos futuros em Nova York sejam negociados na média de US$ 4,60. Na safra 23/24, o preço ficou mais ou menos entre US$ 3,50 e US$ 3,60, então uma alta bem relevante no preço internacional [está por vir], refletindo essa falta de oferta”.

Padilla ressalta que na produção brasileira da safra 24/25, ocorreu a chamada “tempestade perfeita”, visto que ondas de calor acentuadas atingiram a cultura durante a florada em 2023 e o estado de São Paulo, o maior produtor de suco de laranja do país, sofreu com a pior seca das últimas décadas em 2024, além do aumento de incidência de greening.

“Se essa ‘tempestade perfeita’ não se repetir em 2025 e o clima for mais ameno, São Paulo e o Triângulo Mineiro Minas têm condições de produzir mais, aproximando-se das 260 milhões de caixas. Já a Flórida [nos Estados Unidos] vem de um declínio irreversível e eles devem produzir apenas entre 10 e 12 milhões de caixas nesta safra”.

De acordo com ele, a tendência é que para safra 2024/25 a demanda global tenha queda de 18%.



Fonte: Canal Rural

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