Mandel Ngan
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou, nesta quinta-feira (21), que o programa atual com a Argentina apresenta “resultados impressionantes” e reiterou que estuda “a possibilidade” de um novo acordo com o país sul-americano.
O FMI concluiu em junho a oitava revisão do empréstimo de 44 bilhões de dólares (R$ 256 bilhões na cotação atual) ao país sul-americano.
Os desembolsos totais deste acordo “alcançaram 41,4 bilhões de dólares” (R$ 240,8 bilhões, na cotação atual), declarou Julie Kozack, porta-voz do FMI, em uma coletiva de imprensa em Washington.
O programa de estabilização econômica implementado pelo governo do presidente ultraliberal Javier Milei “está apresentando resultados impressionantes”, incluindo “uma redução considerável da inflação”, dos déficits fiscais e “uma melhora na cobertura das reservas”, acrescentou.
A porta-voz também apontou “indícios iniciais de uma recuperação tanto da atividade econômica quanto dos salários reais”.
Para sustentar esses resultados ao longo do tempo, o Fundo considera “fundamental” continuar “adotando um conjunto consistente de políticas, incluindo as fiscais, monetárias e cambiais”.
O índice de pobreza no país sul-americano aumentou, com quase 53% da população inserida nesta categoria durante o primeiro semestre de 2024, segundo dados oficiais.
“Agora, as autoridades estão explorando a possibilidade de passar para um novo acordo de financiamento”, confirmou a porta-voz da organização financeira internacional.
Kozack também garantiu que o FMI “está disposto a apoiar a Argentina e seu povo para consolidar os avanços recentes e enfrentar os desafios pendentes”.
Milei busca recursos para reforçar as reservas do Banco Central argentino e facilitar a eliminação do controle cambial vigente desde 2019, que limita o acesso a dólares em um país onde a moeda americana é utilizada como reserva de valor para a poupança.