Gabriel Rodrigues e Jacques Gosch | RDNews
O ex-comandante geral da Polícia Militar, Alexandre Mendes, foi transferido compulsoriamente para a inatividade, ou seja, para a reserva remunerada da corporação sem que o pedido tenha sido feito pelo militar. A medida ocorre 4 dias após ele ter anunciado que deixaria o posto. O documento é assinado pela comandante geral adjunta, Coronel Francyanne Siqueira Chaves Lacerda, nesta terça-feira (26).
A passagem para reserva ocorre em duas formas, a pedido ou compulsoriamente. Ele deve receber o salário integral. Na justificativa, a PM alega que Alexandre Mendes possui mais de 30 de anos de tempo de serviço, sendo sua maioria como militar e estando no último posto da carreira. Ele terá 15 dias para apresentar contestação ou não da decisão, no que se refere ao processo de transferência para a inatividade.
“Considerando também que Vossa Senhoria encontra-se até a presente data com 30 anos, 07 meses e 24 dias de efetivo de serviço, sendo 10 meses e 25 dias de Exército Brasileiro, mais tempos averbados de 02 anos 02 meses e 21 dias de Empregador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, público no DOE nº 28.748, de 22/05/2024, perfazendo um total de 32 anos, 10 meses e 20 dias de Tempo de Serviço até a presente data”, descreve o documento.
A sua saída do posto de comandante ocorreu após suposto descontentamento do governador Mauro Mendes (União Brasil) com a atuação da PM frente ao enfrentamento ao crime organizado no estado de Mato Grosso. Em carta aos policiais, Alexandre Mendes chegou a reiterar que a Corporação não poderia ser a única responsabilizada pelo alto crescimento da criminalidade.
Mauro definiu, nesta terça, o coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco como o novo comandante-geral da PM. Ele assume o cargo na próxima sexta-feira (29).