O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (16) que acredita que o arcabouço fiscal
deve ser aprovado com “larga margem” pela Câmara dos Deputados. Nesta segunda-feira (15), o relator do projeto, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), apresentou o texto após modificações
estabelecidas em negociações entre governo e líderes partidários no Congresso.
Questionado por jornalistas sobre a possibilidade do texto ser aprovado amplamente, Haddad disse: “Eu acredito que sim, porque a conversa foi extensa e vi muita boa vontade, inclusive dos partidos da oposição que consideram esse projeto um projeto de Estado, não do governo A, B ou C”.
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Haddad disse, ainda, que o governo teve que ceder em alguns pontos para a consolidação do novo texto do arcabouço fiscal, mas que isso foi necessário para que o projeto seja aprovado com margem maior do que apenas a maioria necessária.
“Nós temos o desafio de aprovar esse arcabouço com uma larga margem de votação, para dar consistência ao regime fiscal do país, então esse é um acordo que a Câmara está fazendo para ampliar ao máximo o apoio ao arcabouço, ele ser uma lei com durabilidade e resiliência, para que os resultados sejam alcançados”, declarou o ministro.
Dentre os pontos que o governo teve que ceder está o impedimento de dar reajuste real ao Bolsa Família
caso as metas fiscais sejam descumpridas. Questionado sobre o tema, Haddad minimizou a questão.
“Se o governo mandar uma proposta de reajuste do Bolsa Família, muito difícil o Congresso recusar, porque você está falando da camada mais pobre da população. Mas isso não vai ser necessário. Nós vamos conduzir a gestão fiscal da maneira mais responsável, mas atendendo aquela parcela da sociedade que efetivamente precisa mais proteção do Estado”, disse.