Da Redação Avance News
Em nota ao g1, a defesa do médico disse que recebeu com naturalidade o indiciamento por homicídio culposo na direção de veículo automotor e por fugir do local do crime, por entender que ele está alinhado às provas da investigação (confira a nota na íntegra ao final da matéria).
O acidente aconteceu em frente a um hotel de Rio Verde, quando o carro do médico bateu contra um Chevrolet Meriva estacionado. Após a batida, o pastor, que estava próximo, caiu. O médico passou por cima da vítima para fugir do local (veja o vídeo acima).
“De acordo com o laudo pericial, eu não tenho como iniciá-lo por homicídio doloso. Ele não tinha realmente condições de ver a vítima quando ele passou por cima. Então, ele foi indiciado por homicídio culposo, que é homicídio praticado na direção de veículo automotor, quando o indivíduo age por imprudência. Aliás, imprudência é a palavra que a perícia usou dez vezes ao longo do laudo de reprodução simulada”, declarou o delegado.
Acidente
De acordo com o relato da Polícia Militar, o pastor estava conversando com outras pessoas quando foi atingido pelo veículo conduzido pelo médico. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e encaminhou o pastor ao Hospital Municipal Regional em estado gravíssimo, mas ele não resistiu aos ferimentos e faleceu.
O suspeito foi encontrado pela Polícia Militar em frente à casa dele, no Setor São Tomaz, e ele admitiu ter consumido bebida alcoólica, mas se recusou a fazer o teste de alcoolemia.
Ele foi conduzido à 8ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), juntamente com o veículo. O médico foi solto no dia seguinte do acidente e passou a usar tornozeleira eletrônica. A Justiça determinou o pagamento de fiança no valor de mais de R$ 84 mil durante audiência de custódia.
Nota de posicionamento da defesa
A defesa do suspeito, por meio de Jefferson Silva Borges (OAB/GO 35143), informa que recebeu com naturalidade o indiciamento por homicídio culposo na direção de veículo automotor e evasão do local do crime, por entender que ele está alinhado às provas da investigação.
Reiteramos que ele segue colaborando com a Justiça. Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, atendendo pedido da defesa, concedeu habeas corpus e revogou a monitoração eletrônica, por entender que a medida é desproporcional ao caso.