Da Redação Avance News
O Mato Grosso do Sul encerrou o ano de 2024 com um superávit comercial de R$ 43,31 bilhões, resultado do sólido desempenho nas exportações de commodities agrícolas e produtos industrializados. Os números constam na Carta de Conjuntura divulgada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
Ao longo do ano, o estado exportou R$ 60,81 bilhões em produtos, enquanto as importações somaram R$ 17,12 bilhões. Entre os itens mais exportados, a soja se destacou, representando 28,7% do total, o equivalente a R$ 17,08 bilhões. A celulose foi o segundo principal produto, com 26,6% das exportações e um montante de R$ 15,86 bilhões, registrando um aumento expressivo de 79,1% em relação a 2023.
Nas importações, o gás natural liderou, representando 41,3% do total, seguido por adubos (11,3%) e cobre (7,6%).
A China se manteve como o principal destino das exportações sul-mato-grossenses, absorvendo 45,4% do total exportado. Mercados como a Turquia e os Emirados Árabes Unidos também apresentaram crescimento significativo, ampliando suas compras em 158,6% e 101%, respectivamente, em comparação ao ano anterior.
O setor industrial foi um dos motores da economia em 2024, registrando um aumento de 25,13% na receita e de 12,42% no volume exportado. Em contrapartida, a agropecuária enfrentou desafios, com retração de 36,7% no valor exportado e uma queda de 35% na movimentação de cargas.
Entre os municípios, Três Lagoas se consolidou como líder nas exportações estaduais, respondendo por 26,2% do total, com um avanço de 45,3% em relação a 2023, somando R$ 15,86 bilhões. Ribas do Rio Pardo registrou o maior crescimento percentual, com alta de 690%, impulsionado pela instalação de uma nova fábrica de celulose, alcançando R$ 2,61 bilhões em exportações.
Em contrapartida, municípios como Dourados enfrentaram queda significativa, com retração de 43,1%. Já Campo Grande apresentou crescimento moderado de 4,4%, totalizando R$ 3,25 bilhões em vendas externas.
Os resultados reforçam a importância da diversificação econômica e do fortalecimento do setor industrial para o equilíbrio comercial do estado, que segue como um dos protagonistas no cenário econômico nacional.
