O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou recentemente a memecoin $TRUMP, poucos dias antes de assumir seu novo mandato presidencial. A criptomoeda, que se apresenta como parte de uma tendência crescente no mercado financeiro digital, prometeu ganhos “enormes” e um futuro “tremendo”.
Desde o lançamento, o valor da $TRUMP registrou uma alta superior a 10.000%, alcançando uma avaliação total diluída de US$ 71 bilhões.
Afinal, o que são as memecoins?
As memecoins, como a $TRUMP, são criptomoedas baseadas em memes ou tendências culturais populares, caracterizadas por seu humor, viralidade e caos comunitário.
Diferentemente de outras criptomoedas com utilidade específica ou escassez, o valor dessas moedas está na percepção coletiva e na viralidade que conseguem alcançar.
A $TRUMP se tornou um exemplo de branding cultural bem-sucedido, consolidando sua posição como um símbolo da força cultural das memecoins.
Dois dias após o lançamento da $TRUMP, Melania Trump apresentou sua própria memecoin, a $MELANIA, que segue a mesma lógica de viralidade e engajamento comunitário.
Ambas as moedas refletem uma tendência mais ampla: o crescimento acelerado das memecoins. Em 2024, o segmento experimentou uma expansão de mais de 212%, consolidando-se como um fenômeno cultural e financeiro.
Riscos
Apesar do sucesso, as memecoins apresentam riscos elevados. Por serem altamente voláteis e frequentemente desprovidas de fundamentos sólidos, elas podem ser usadas para práticas manipulativas, como esquemas de “pump and dump”, em que o preço é artificialmente inflado para gerar lucro antes de uma queda acentuada.
Outros exemplos notáveis de memecoins incluem a FARTCOIN, que começou como uma piada irônica e acabou ganhando uma base de fãs leais, e a QUANT, lançada por um streamer de 13 anos na plataforma Pump.fun.
A QUANT alcançou uma capitalização de mercado de US$ 22,6 milhões em apenas 15 horas, impulsionada pela comunidade.
Especialistas apontam que, além de seu impacto financeiro, as memecoins levantam questões éticas e práticas sobre democratização da participação financeira e o impacto de sua volatilidade.