Da Redação Avance News
Medida anunciada por Trump faz parte da estratégia da Casa Branca de incentivar a própria indústria de chips semicondutores
Considerado um setor estratégico, o mercado de chips semicondutores não ficaria de fora do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar as importações de outros países. O republicano afirmou que as tarifas para a compra dos produtos devem ficar na casa de 25%.
A medida representa uma mudança de cenário em relação ao governo de Joe Biden, que trabalhava junto aos aliados para impedir o avanço tecnológico da China. Agora, a Casa Branca pretende se isolar cada vez mais e incentivar a própria indústria doméstica.
Tarifas podem aumentar no futuro
Em declaração dada a jornalistas em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump confirmou as tarifas iniciais de 25% sobre chips importados. No entanto, deixou claro que a taxação deve aumentar substancialmente ao longo do período de um ano.
Ele não divulgou uma data para anunciar essas novas taxas e afirmou que quer dar um tempo para os fabricantes dos produtos estabelecerem fábricas nos EUA. Dessa forma, a indústria doméstica sairia fortalecida e estas companhias evitariam as taxações.
O republicano ainda disse esperar que algumas das maiores empresas de chips do mundo anunciem novos investimentos nos Estados Unidos nas próximas semanas. Não foram divulgados maiores detalhes sobre as negociações.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital