quinta-feira, 28 novembro 2024
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Gregos vão às urnas para escolher seu primeiro-ministro neste domingo 

Cerca de 9,8 milhões de gregos irão às urnas neste domingo (21) para as eleições parlamentares, que também definirão o próximo primeiro-ministro do país. Desse contingente de eleitores, cerca de 440 mil têm de 17 a 21 anos e podem votar pela primeira vez.

Pela primeira vez, os gregos residentes no estrangeiro também poderão votar, sem terem de regressar à Grécia.

Os principais líderes na corrida pelo governo grego são o atual premiê, Kyriakos Mitsotakis, do partido Nova Democracia, e seu antecessor, Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza.

Estão em jogo os 300 assentos do Parlamento. Atualmente, o Nova Democracia detém uma maioria de 158 vagas.

Em terceiro lugar na disputa está o Pasok-KINAL, ou Movimento pela Mudança, de centro-esquerda de Nikos Androulakis. Terceiro maior partido da Grécia, garantiu 22 assentos em 2019 e, se mantiver um bom desempenho, será crucial para a definição do novo gabinete caso seja necessária uma coalisão com várias legendas.

O Nova Democracia está à frente do Syriza nas pesquisas de opinião. Mas a eleição de domingo pode não produzir um vencedor absoluto devido a um novo sistema de votação. Uma segunda votação pode ocorrer no início de julho, a menos que uma coalizão seja formada.

A Covid-19 e a alta inflação, desencadeada pela guerra na Ucrânia, que dispararam as contas de energia, afetaram as famílias que ainda sofrem com uma década de austeridade, enquanto o crescimento econômico deve cair para 2,3% este ano, de 5,9% em 2022.

O governo de Mitsotakis gastou mais de 50 bilhões de euros em medidas de alívio desde 2020, aumentou as pensões e aumentou o salário mínimo mensal em 20%, para 780 euros, para amortecer a crise do custo de vida.

Durante seu mandato de quatro anos, ele também se concentrou em limitar a migração ilegal, manteve uma postura dura nas disputas com a Turquia sobre refugiados e fronteiras marítimas e fortaleceu as relações com os Estados Unidos enquanto apoiava militarmente a Ucrânia.

Ele sobreviveu a moções de censura apresentadas pela oposição esquerdista, inclusive por causa de um escândalo de escutas telefônicas, e enfrentou a ira pública contra o governo por causa de um recente acidente de trem que matou 57 pessoas.

(Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters)

Fonte: CNN

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