sábado, 1 março 2025
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IAs reproduzem discriminação e reforçam a desigualdade; entenda

Da Redação Avance News

Estudo desafia ideia de falhas técnicas na tecnologia e defende políticas para promover justiça social em vez de amplificar desigualdades

Pesquisa destaca como a IA pode amplificar preconceitos existentes (Imagem: Dilok Klaisataporn/Shutterstock)

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Pesquisadores desafiam a ideia de que o preconceito na inteligência artificial (IA) é apenas uma falha técnica, argumentando que a tecnologia é fortemente influenciada pela dinâmica de poder social. A IA aprende com dados históricos, moldados por preconceitos humanos e acaba perpetuando discriminação.

Em vez de criar desigualdade, a IA a reforça, como exemplificado pela ferramenta de contratação da Amazon, que favoreceu homens, e pelos sistemas de detecção de fraudes, que, injustamente, acusaram migrantes e famílias vulneráveis.

Folha com o símbolo da diferença fazendo referência a desigualdade social
Treinada por dados criados pelos humanos, a IA acaba aprendendo também os aspectos preconceituosos de nossa sociedade (Imagem: StunningArt/Shutterstock)

Leia mais:

Estudo evidencia como a IA reforça a desigualdade

  • Uma nova pesquisa, liderada pelo professor Tuba Bircan, da Universidade de Bruxelas (Bélgica), destaca como a IA pode amplificar preconceitos existentes, principalmente quando não há transparência e responsabilidade em seu uso;
  • A tecnologia é desenvolvida dentro de ecossistema em que empresas, desenvolvedores e políticos tomam decisões sobre seu design e aplicação, impactando diretamente as desigualdades sociais;
  • Sistemas de IA treinados com dados enviesados replicam discriminação em áreas sensíveis, como emprego, policiamento e assistência social;
  • O estudo está publicado no jornal Technological Forecasting and Social Change.

O estudo também sugere que a governança da IA deve ser mais ampla, com maior transparência e inclusão, para evitar a exclusão digital e o aprofundamento das disparidades socioeconômicas.

No entanto, oferece visão otimista, defendendo que, com políticas proativas de justiça e responsabilidade, a IA pode ser usada para promover mudanças sociais positivas, em vez de reforçar as desigualdades existentes.

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Estudo pede a criação de políticas eficazes para um treinamento mais amplo de IA, que possa evitar a reprodução de desigualdade (Imagem: LookerStudio/Shutterstock)


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli

Redator(a)

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.


Fonte: Olhar Digital

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