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Ações do Banco do Brasil fecham em queda de 12% nesta sexta-feira

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Banco do Brasil apresentou queda no seu lucro no primeiro trimestre

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) registraram forte queda nesta sexta-feira (16) após a divulgação do balanço financeiro do primeiro trimestre de 2025. O pregão fechou R$ 25,67, uma queda de 12,69% em relação ao dia anterior.

Os investidores reagiram negativamente aos números apresentados pela instituição, que apontaram uma retração expressiva no lucro e levaram à revisão das projeções para o ano.

Logo após a abertura do pregão, os papéis chegaram a recuar mais de 4%, refletindo a frustração do mercado com o desempenho abaixo do esperado. Apesar da ampliação da carteira de crédito, a queda nos ganhos e as incertezas quanto ao impacto das novas regras contábeis pesaram sobre a percepção dos acionistas.

Lucro recua após 16 trimestres de crescimento

Entre janeiro e março, o Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 7,3 bilhões, o que representa uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período do ano passado e de 23% em comparação ao quarto trimestre de 2024. Foi a primeira retração após 16 trimestres consecutivos de crescimento.

De acordo com a instituição, o resultado foi influenciado principalmente pela entrada em vigor da Resolução 4.966 do Conselho Monetário Nacional, que alterou as regras de provisão para perdas e impactou diretamente o reconhecimento de receitas, especialmente em operações com atraso superior a 90 dias.

Além disso, o aumento da inadimplência no agronegócio, setor no qual o banco tem forte atuação, também contribuiu para o desempenho negativo. A taxa de inadimplência subiu para **3,86%**, contra **2,90% no mesmo período de 2024.

Diálogo com reguladores

Diante do cenário, o banco decidiu rever seu guidance (projeções para o ano), incluindo metas de lucro, margem financeira e custo do crédito. Em fevereiro, a expectativa era de lucro entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, mas os novos números ainda não foram atualizados oficialmente.

A CEO do BB, Tarciana Medeiros, afirmou em teleconferência que a queda no lucro foi motivada por um conjunto de fatores, e não por um único elemento isolado. “A combinação entre inadimplência do agro em um timing desfavorável e a adoção da nova norma contábil foi determinante para um resultado abaixo do potencial do banco”, afirmou.

Segundo a executiva, o BB está em conversas com o Banco Central para tratar de ajustes na aplicação da norma ao setor agropecuário. “Já estamos abrindo conversa com o regulador para levar proposições de tratamento diferente da carteira do agro”, disse.



Fonte: iG

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