Assembleia dos metroviários realizada na noite de quarta-feira (21)
Os metroviários de São Paulo decidiram, nesta quinta-feira (22), aceitar a proposta apresentada pelo Metrô – Companhia do Metropolitano de São Paulo, e encerrar as negociações da campanha salarial da categoria que estavam em andamento. De acordo com a categoria, a luta agora segue contra as privatizações.
A assembleia realizada na noite desta quarta-feira (21), que também marcou a inauguração da nova sede do Sindicato dos Metroviários, debateu novamente a proposta da empresa e a possibilidade de deflagração de greve na semana que vem.
Por fim, os trabalhadores iniciaram uma votação on-line , que terminou nesta quinta, às 20 horas, com 79,16% dos votos a favor da proposta do Metrô, 17,7% contrarios e 2,13% de abstenção.
A proposta inclui, entre outras questões, a manutenção e renovação por dois anos do acordo coletivo; reajuste salarial de 5,01%, com reposição da inflação medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), e reposição da inflação também em 2026.
Pela proposta, serão pagos 4,01%, imediatamente, e 1% será destinado ao Instituto Metrus de Seguridade Social, que administra o plano de saúde e o plano de previdência suplementar dos metroviários. Segundo o sindicato, essa medida atenderia a reivindicação da categoria de ter os planos subsidiados novamente.
A proposta inclui ainda pagamento de dois abonos, que somam R$ 5 mil, sendo R$ 2,5 mil pagos em junho e a outra metade em 2026.
O Metrô propôs também adiar por dois meses o edital de terceirização do setor da manutenção enquanto, neste período, o sindicato vai elaborar um projeto propondo alternativas ao processo.
Anteriormente, o Sindicato dos Metroviários havia apresentado uma proposta à empresa com 8% de reajuste, cancelamento da terceirização dos trabalhadores da manutenção, negociação sobre plano de carreira, retorno dos operadores de trem do monotrilho e discussão para retomada das contratações por concurso público.
A outra alternativa, que foi rejeitada pela maioria dos metroviários, seriam descartar a proposta do Metrô e marcar nova assembleia com indicativo de greve.
Agora, de acordo com Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, a categoria encerra a campanha salarial, mas vai continuar a luta contra as privatizações.