Patrícia Sanches | RDNews
A Polícia Civil de Barra do Garças deflagrou, na manhã desta sexta (23), a segunda fase da Operação Cenário Montado, que investiga um suposto esquema de fraudes em licitações envolvendo prefeituras da região. As investigações, conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças, identificaram suposta atuação de um grupo econômico familiar que teria manipulado processos licitatórios em benefício próprio, gerando prejuízos milionários erário. Nesta fase, R$ 21 milhões foram sequestrados pela Justiça.
De acordo com os investigadores, o grupo utilizaria empresas de fachada para simular concorrência em licitações públicas na área de produções de eventos em municípios da região – a polícia não divulgou em quais seriam. Documentos falsificados, orçamentos fictícios e alinhamento entre as empresas participantes seriam utilizados para cometer os crimes. A fraude permitiria que os contratos fossem direcionados para companhias ligadas ao esquema, com valores superfaturados e condições predeterminadas.
Nesta fase da operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em imóveis residenciais e comerciais associados a um dos investigados. As autoridades apreenderam documentos, dispositivos eletrônicos e registros financeiros. Uma Toyota SW4 Hillux também foi apreendida. O material, segundo a polícia, sugere que o grupo agia de forma coordenada e que as práticas ilícitas permaneciam em operação, mesmo após o encerramento formal de algumas das empresas envolvidas. A primeira fase da operação aconteceu em março, quando foram cumpridas 58 ordens judiciais – saiba aqui
O esquema, que estaria ativo há pelo menos três anos, e movimentou milhões de reais. Nesta fase da operação, também foram sequestrados valores em conta que ultrapassam R$ 21 milhões. Entre os crimes investigados estão associação criminosa, fraude em licitação, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de reclusão.
A operação tem como objetivo garantir a transparência e a competitividade nos processos de contratação pública, além de recuperar valores desviados e responsabilizar os envolvidos, destaca Pablo Rigo, delegado à frente das investigações.(Com Assessoria)