O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite desta quarta-feira (28) que explicou para os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), as consequências de eventual derrubada do decreto do governo que aumenta as alíquotas do Imposto sobre Operação Financeira (IOF).
“Expliquei as consequências disso, em caso de não aceitação da medida. O que que acarretaria em termos de contingenciamento adicional. Nós ficaremos num patamar bastante delicado do ponto de vista do funcionamento da máquina pública, do Estado brasileiro”, completou.
Haddad deixou claro que, no momento, o governo não pensa em revogação.
“Em nenhum momento se discutiu revogação da medida. O que está sendo discutido é como tratar o tema com responsabilidade, olhando para o equilíbrio fiscal e institucional do país”, completou o ministro.
No entanto, Haddad admitiu que Alcolumbre e Motta mencionar risco de derrubada pelo Congresso.
“Os dois presidentes manifestaram uma preocupação muito grande com uma possível rejeição da medida pelo Congresso. Também demonstraram preocupação com a manutenção da medida e pediram que apresentássemos, às Casas, propostas mais estruturantes de médio e longo prazo”, relatou.
Uma reunião de líderes da Câmara, marcada para a manhã desta quinta-feira (29), deverá discutir o que os deputados pensam em fazer a respeito do decreto do IOF.