Campinas, SP, 06 (AFI) – O clima esquentou fora das quatro linhas nesta semana, mas, dessa vez, a polêmica veio dos palcos e não dos gramados. O humorista Léo Lins, conhecido por suas piadas ácidas, foi condenado a oito anos, três meses e nove dias de prisão pela Justiça Federal de São Paulo, em decisão que caiu como uma bomba nos bastidores artísticos. A sentença determina que o comediante cumpra pena em regime fechado, após ser considerado culpado por discursos preconceituosos em seu show, atingindo diversos grupos minoritários.
A repercussão da decisão ultrapassou o universo do entretenimento. Em tempos nos quais a liberdade de expressão é tema recorrente nas arquibancadas e nos vestiários, a condenação de Léo Lins virou assunto pelo Brasil afora.
CONDENAÇÃO DE LÉO LINS NA JUSTIÇA
O humorista foi condenado com base nos artigos da Lei de Combate ao Racismo e do Estatuto da Pessoa com Deficiência, somando uma pena pesada. O juiz responsável pelo caso justificou o regime fechado devido à quantidade da pena, que ultrapassou a marca dos oito anos.
Além do tempo atrás das grades, Lins também foi condenado a pagar uma multa próxima dos R$ 2 milhões, valor que, para muitos clubes do interior, poderia significar a contratação de um camisa 10 de peso.
Léo Lins não se calou diante da decisão. Em um vídeo gravado, ele ressaltou a diferença entre suas piadas no palco e declarações fora dele, defendendo a utilização de figuras de linguagem e ironia como parte do ofício do humorista. A fala do comediante repercutiu, levantando discussões sobre os limites do humor e o papel da Justiça no controle do discurso.