O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu nesta quarta-feira (7) mais de 200 mil litros de bebidas adulteradas durante uma fiscalização, além de ter realizado o fechamento cautelar de três fábricas.
Durante as inspeções, foram encontradas irregularidades em bebidas como água de coco, vinagre balsâmico, refrigerante de fruta, suco concentrado, aguardente de cana e vinho. As práticas ilegais detectadas foram:
- adição de açúcar de cana não autorizado ou acima dos limites legais permitido a sucos, água de coco e vinhos;
- diluição com água em excesso;
- uso de corantes e edulcorantes (adoçantes) como forma de mascarar o produto ao consumidor;
- propaganda irregular;
- transporte de bebidas em condições inadequadas e irregulares e condições de produção inadequadas.
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“As irregularidades encontradas visam aumentar os lucros das fábricas, mas colocam em risco a saúde dos consumidores e prejudicam a imagem do setor”, explica o auditor fiscal federal agropecuário Celso Franchini.
As empresas envolvidas nas apreensões e fechamentos de fábricas não tiveram seus nomes revelados, o que só ocorrerá depois do trânsito em julgado do processo administrativo de apuração das infrações destacadas, como explica o ministério.
Além das apreensões, a pasta também vai adotar outras medidas legais cabíveis contra as companhias que praticavam as irregularidades, como multas, interdição das instalações, cassação do registro de produtos e estabelecimentos e até mesmo processos criminais contra as empresas e seus Responsáveis Técnicos, dependendo da gravidade das infrações constatadas.
“A adulteração de bebidas é uma prática fraudulenta que traz prejuízos a toda cadeia agropecuária, uma vez que reduz a demanda de produtos agropecuários de qualidade para a indústria, diminuindo a qualidade dos produtos comercializados e trazendo riscos à saúde do consumidor. O Mapa está intensificando a atuação para coibir atividades ilegais que prejudicam os consumidores e afetam a reputação dos produtos brasileiros”, destaca Franchini.
O ministério orienta os consumidores a desconfiarem de produtos vendidos com preços muito destoantes dos praticados pela concorrência. Denúncias podem ser feitas pelo Fala.BR
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