Da Redação Avance News
No município de Alto Boa Vista os indígenas da etnia Xavante, da Terra Marãiwatsédé, colheram 82 toneladas de arroz de sequeiro em uma área de 25 hectares. Nesta safra, a produtividade média foi de 55 sacas de arroz por hectares, totalizando 1.357 sacas. A produção será consumida pelos 1,3 mil moradores de 14 aldeias, que já receberam as sacas de arroz de forma igualitária.
O trabalho contou com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), prefeitura do município, governo de Mato Grosso e a Empaer.
O cacique Damião Paridzané agradeceu pelo apoio e por auxiliar a comunidade indígena a produzir alimento para o seu povo. A intenção é, na próxima safra, ampliar a área de cultivo para produzir mais alimentos.
“Sei que não será fácil, mas a nossa vontade é produzir em nossas terras e garantir que as aldeias tenham comida suficiente para alimentar as suas famílias”, ressalta.
O técnico agropecuário da Empaer, Fábio Boeck, destaca que a colheita foi realizada de forma mecanizada e a comunidade indígena ensacou toda a produção de arroz. O trabalho contou com a participação de homens, mulheres e adolescentes que trabalharam durante quatro dias, embalando 82 toneladas de arroz em casca.
“O final da produção foi encaminhado para a aldeia central, que vai distribuir para as aldeias que ainda não receberam”, enfatiza.
Para o cultivo da lavoura de arroz de sequeiro foram utilizadas as variedades Cambará e Esmeralda. O sistema de plantio foi o convencional, que usa técnicas tradicionais de preparo do solo com a remoção da vegetação, aração, gradagem, semeadura, adubação mineral, capinas e controle fitossanitário para posteriormente efetuar o plantio.
A intenção para a próxima safra é ampliar a área para 100 hectares de arroz e 5 hectares de milho. Com o final da colheita, a área será gradeada e, no mês de dezembro, começará a organização para o plantio das culturas.