Da Redação Avance News
O mercado brasileiro de soja teve um dia tranquilo nesta sexta-feira, marcado pelo feriado e a proximidade do final de semana. Os preços apresentaram variações durante a sessão.
De acordo com analistas da Safras & Mercado, houve poucos negócios relatados durante o dia.
Apesar do aumento em Chicago, o dólar voltou a cair e os prêmios continuam em níveis negativos.
Ao longo da semana, o volume negociado ficou entre 200 mil e 400 mil toneladas, considerado baixo.
- Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos manteve-se em R$ 133.
- Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 132.
- No Porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 140.
- Já em Cascavel, no Paraná, o preço diminuiu de R$ 125 para R$ 124.
- No porto de Paranaguá (PR), a saca foi cotada a R$ 135.
- Em Rondonópolis (MT), o valor da saca permaneceu em R$ 115.
- Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 119,50 para R$ 119.
- Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 113,50 para R$ 114.
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a sexta-feira com preços mais altos. O mercado registrou a quarta sessão consecutiva de alta, atingindo os níveis mais altos desde 15 de maio, impulsionado pelos números do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O relatório indicou estoques finais dos EUA para as temporadas de 2023/24 e 2022/23 acima das expectativas do mercado. Além disso, as reservas globais ao final dessas duas temporadas também superaram as previsões. Tanto o Brasil quanto a Argentina tiveram seus números de produção revisados além do que os analistas esperavam.
Segundo a Dow Jones, os analistas veem a oferta como mais restrita do que o indicado pelo USDA. O clima nos Estados Unidos está se tornando cada vez mais um fator importante, assim como a demanda pelo produto no país.
A safra norte-americana de soja em 2023/24 deverá alcançar 4,510 bilhões de bushels, o equivalente a 122,74 milhões de toneladas, o mesmo número apontado em maio. Os estoques finais são projetados em 350 milhões de bushels ou 9,12 milhões de toneladas, em comparação com os 335 milhões de bushels de maio. O mercado esperava um carryover de 336 milhões de bushels.
Para a temporada de 2022/23, o USDA manteve a estimativa de produção em 4,276 bilhões de bushels, o que corresponde a 116,38 milhões de toneladas. Os estoques finais foram estimados em 230 bilhões de bushels (6,27 milhões de toneladas), em comparação com os 215 bilhões de bushels de maio. O mercado projetava estoques de 223 bilhões de bushels.
O USDA projetou uma safra mundial de soja em 2023/24 de 410,7 milhões de toneladas, em comparação com 410,59 milhões em maio. Os estoques finais estão estimados em 123,34 milhões de toneladas, contra 122,5 milhões em maio, superando as expectativas do mercado, que esperava 121 milhões de toneladas. A safra brasileira foi projetada em 163 milhões de toneladas, o mesmo número de maio. Para a Argentina, a previsão é de produção de 48 milhões de toneladas, sem alterações. A China deverá importar 100 milhões de toneladas.
Para a temporada de 2022/23, o USDA estimou uma safra global de 369,57 milhões de toneladas, em comparação com 370,42 milhões em maio. Os Estados Unidos têm uma estimativa de 116,38 milhões de toneladas. A safra brasileira foi projetada em 156 milhões de toneladas e a da Argentina em 25 milhões de toneladas. O mercado esperava 155,5 milhões de toneladas para o Brasil e 24,3 milhões de toneladas para a Argentina. Os estoques globais estão estimados em 101,32 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 100,4 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 22,00 centavos de dólar por bushel ou 1,61%, a US$ 13,86 1/2 por bushel. A posição de agosto teve cotação de US$ 12,96 por bushel, com ganho de 16,75 centavos ou 1,3%.
Quanto aos subprodutos, a posição de janeiro de 2023 para o farelo fechou com baixa de US$ 1,68 ou 1,68%, a US$ 397,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 54,59 centavos de dólar, alta de 2,09 centavos ou 3,98%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,97%, sendo negociado a R$ 4,8770 para venda e R$ 4,8750 para compra.
Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8550 e a máxima de R$ 4,9270.
Ao longo da semana, o dólar acumulou queda de 1,55% em relação ao real.