O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou para o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), durante a sabatina do advogado Cristiano Zanin.
A CCJ aprovou a indicação de Zanin.
Lula, que está na Itália, queria saber como seu indicado para o Supremo Tribunal Federal estava se saindo na CCJ.
O telefonema foi feito para o celular do senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado. A informação foi confirmada pelo senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso.
De acordo com ele, Jaques Wagner passou o telefone para Alcolumbre conversar com Lula. O presidente da CCJ deixou a sessão e atendeu Lula.
No telefonema, segundo Randolfe, Alcolumbre disse a Lula que tudo estava correndo bem e que Zanin seria aprovado pelo colegiado. O advogado teve 21 votos favoráveis e apenas 5 contrários.
A sabatina durou mais de 7 horas e 30 minutos e transcorreu sem surpresas ou desgastes. Não houve falta de cordialidade nas indagações e nem embates.
A expectativa de senadores que fazem oposição ao governo Lula é a de que Zanin será aprovado com folga no plenário do Senado, onde terá o nome analisado no início da noite.
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou ao advogado durante a sabatina que “seu nome será aprovado até que com votação bastante expressiva”.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou a Zanin que “certamente vossa excelência não vai precisar do meu voto, vai ter votos demais”.
O governo estima que Zanin terá ao menos 60 votos favoráveis no plenário do Senado. Para ser aprovado e se tornar ministro são necessários 41 votos dos 81 senadores.
O ministro recordista em votos no plenário foi Luiz Fux, que recebeu sim de 68 senadores e não de apenas dois.