Em uma teleconferência com repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, forneceu detalhes sobre o que descreveu como um acordo firmado com Yevgeny Prigozhin, chefe da empresa militar privada Wagner, para interromper a marcha de suas forças em direção a Moscou.
“Foi feito um acordo para o retorno do PMC Wagner às suas localidades. Parte dos que desejarem, assinarão contratos com o Ministério da Defesa — isso diz respeito a quem não participou da passeata, aliás, houve tais formações que, desde o início, mudaram de opinião e regressaram. Pediram mesmo para serem escoltadas pela Polícia de Trânsito e demais apoios para poderem regressar aos seus locais de permanência”, disse Peskov
Os combatentes do Grupo Wagner não enfrentarão ações legais por participar da marcha, acrescentou Peskov, dizendo que o Kremlin “sempre respeitou seus feitos heróicos” nas linhas de frente na Ucrânia.
Prigozhin forneceu poucos detalhes sobre o acordo. Peskov disse que o presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, conseguiu estabelecer um relacionamento pessoal com Prigozhin para intermediar o acordo.
“O fato é que Alexandr Grigoryevich [Lukashenko] conhece Prigozhin pessoalmente há muito tempo, há cerca de 20 anos”, disse Peskov. “E foi sua proposta pessoal, que foi acordada com Putin. Somos gratos ao presidente de Belarus por esses esforços.”
No início deste mês, Prigozhin se recusou a assinar contratos com o Ministério da Defesa da Rússia, rejeitando uma tentativa de alinhar suas forças. O Ministério da Defesa disse que “unidades voluntárias” e grupos militares privados seriam obrigados a assinar um contrato.