Da Redação Avance News
A Polícia Judiciária Civil (PJC) realizou uma minuciosa investigação que partiu da identificação da vítima até a prisão dos autores de mais um crime bárbaro na cidade. Nesta manhã de quarta-feira, 28, o delegado Adil Pinheiro anunciou a prisão dos envolvidos nesse crime. “Fizemos um trabalho minucioso de investigação, tendo em vista que quando encontramos o corpo não tínhamos sequer identificação da vítima. Conseguimos com a ajuda da Politec verificar quem seria a vítima e a partir da identificação continuamos a investigação e hoje concluímos o caso com a prisão de quatro elementos que participaram diretamente dessa execução”, revelou o delegado.
A vítima tratou-se de João Felipe, que tinha apenas 19 anos. Ele foi criado por uma tia no estado do Paraná e estava voltado para Tangará da Serra onde mora sua mãe biológica e os irmãos. Conforme o delegado, fazia apenas dois meses que ele havia retornado a Tangará quando foi assassinado.
“Infelizmente temos como verificar a participação do próprio irmão na morte dele. Segundo o que foi apurado na investigação a vítima tinha ligações com a facção criminosa que domina os Estados de São Paulo e Paraná e o irmão da vítima, residente em Tangará, é integrante de outra facção em Estado do Mato Grosso. O próprio irmão arquitetou, planejou e fez uma armadilha para que a vítima fosse capturada pelos integrantes da facção, sendo levada para essa região de mata no Alto da Boa Vista e executada com requintes de crueldade”, completou o delegado Adil Pinheiro.
A vítima foi torturada com golpes de faca, o objeto inclusive chegou a quebrar durante as sessões de tortura. Em seguida João Felipe foi executado.
“Nós apuramos que a família da vítima, a mãe e os irmãos não registraram sequer o boletim de ocorrência de seu desaparecimento. Dessa forma não tínhamos informação de que essa vítima estava desaparecida e só chegamos ao corpo através de denúncias anônimas”, disse Adil Pinheiro.
O delegado destacou ainda que a mãe biológica de João Felipe tinha ciência da participação de seu outro filho no homicídio do irmão, mas não procurou a polícia por medo de represália do próprio filho. “Ela estava com assassino dentro da própria casa. Essa mãe é mais uma vítima da facção, foi coagida, não pôde se quer denunciar o desaparecimento do filho”, afirmou o delegado.