O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve oficializar nesta quarta-feira (28) o retorno do comando da segurança presidencial ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ao blog na noite desta terça (27), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a decisão já foi tomada por Lula.Os detalhes devem ser finalizados em um encontro, previsto para esta tarde, entre o presidente, Costa e os ministros Flávio Dino (Justiça) e general Amaro (GSI).Segundo Rui Costa, a estrutura de segurança ficará, a partir de julho, sob o comando do GSI, mas terá um formato híbrido — com a participação de civis, policiais e militares. O ministro afirmou ao blog que Lula vai definir, durante o encontro desta quarta, a composição e a maneira com a qual cada corporação vai contribuir com a área.O novo formato da segurança presidencial deve permitir ao petista escolher os responsáveis por sua segurança em viagens e compromissos oficiais.Além de Lula, a área também é responsável pela segurança do vice-presidente, Geraldo Alckmin, da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e familiares.Historicamente, a segurança presidencial era competência de militares, representados pelo GSI. Desde o início do ano, porém, está a cargo de uma secretaria extraordinária vinculada ao gabinete pessoal de Lula.Chefiado pelo delegado da PF Aleksander Oliveira, o órgão funcionará somente até o próximo dia 30. Militares e policiais federais articularam, nas últimas semanas, uma saída que favorecesse um dos lados. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) chegou a emitir posicionamento nesta terça (27) no qual defende a manutenção da corporação à frente da segurança do petista.Para esfriar o conflito, os ministros Rui Costa, Flávio Dino e general Amaro se reuniram nesta terça. No encontro, chegaram ao consenso adiantado ao blog por Costa.Embora o formato não atenda completamente ao desejo da PF, o chefe da Casa Civil afirmou que não houve mal-estar na reunião. A pasta chefiada por Dino é responsável pela corporação. Recentemente, os ministros do GSI e da Justiça defenderam soluções, em sentidos opostos, para o comando da segurança de Lula.Flávio Dino declarou reconhecer a atuação do GSI, mas argumentou pela continuidade da Polícia Federal na área.”A Polícia Federal tem tido uma ótima atuação nesse trabalho. Respeito muito o GSI, mas acho que a PF deve continuar. A decisão evidentemente será do Presidente da República, pois é um assunto que está diretamente relacionado a ele e sua família”, disse.Em uma entrevista ao portal “Poder360”, Amaro avaliou que uma eventual saída da PF da tarefa “não traz nenhum problema”.