segunda-feira, 25 novembro 2024
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Nova pista pode justificar extinção do megalodonte

Da Redação Avance News

O megalodonte sumiu do registro fóssil no final do Plioceno, última época do antigo período terciário da era Cenozoica, e o motivo da extinção da espécie ainda é desconhecido. Por mais que muitos pesquisadores acreditem que a luta por alimentos durante a pré-história tenha sido fator determinante, novas descobertas podem mudar o que se sabe até agora.

Cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA) analisaram fósseis de dentes de megalodonte e descobriram que o tubarão extinto tinha sangue parcialmente quente, com temperatura corporal em torno de 7 °C — mais quente do que a temperatura da água-marinha estimada para a época.

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Descobrimos que o megalodonte tinha temperaturas corporais significativamente elevadas em comparação com outros tubarões, consistente com grau de produção interna de calor, como os animais modernos de sangue quente (endotérmicos).

Robert Eagle, coautor do estudo e professor de ciências marinhas e geobiologia na UCLA

O estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que essa característica teve papel fundamental no tamanho da espécie — e até no seu desaparecimento.

“Um corpo grande promove eficiência na captura de presas com cobertura espacial mais ampla, mas requer muita energia para mantê-lo”, disse Kenshu Shimada, paleobiólogo da Universidade DePaul, em Chicago.

  • Outros pesquisadores já haviam desenvolvido teorias sobre a espécie ser de sangue quente, mas essa é a primeira vez que há comprovações cientificas diante da teoria;
  • Durante os estudos, os pesquisadores observaram o nível de proximidade entre os isótopos de carbono-13 e oxigênio-18, encontrados nos dentes fossilizados. Esse mecanismo é capaz de revelar o quão quente era o corpo do animal;
  • Assim como os grandes tubarões-brancos, os megalodontes também eram endotérmicos, ou seja, capazes de regular sua temperatura corporal.

“Sabemos que o megalodonte tinha dentes cortantes gigantescos usados ​​para se alimentar de mamíferos marinhos, como cetáceos e pinípedes, com base no registro fóssil. O novo estudo é consistente com a ideia de que a evolução do sangue quente foi porta de entrada para o gigantismo do megalodonte acompanhar a alta demanda metabólica”, complementou Shimada.

O fato de o megalodonte ter desaparecido sugere a provável vulnerabilidade de ser de sangue quente porque requer ingestão constante de alimentos para sustentar o alto metabolismo […] Possivelmente, houve mudança no ecossistema marinho devido ao resfriamento climático.

Kenshu Shimada, paleobiólogo da Universidade DePaul, em Chicago

Com informações de CNN

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Fonte: Olhar Digital

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