O relator da reforma tributária
no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou nesta terça-feira (11) que não deve elevar a carga tributária do país no seu relatório. Braga disse ainda que irá realizar alterações na proposta que foi aprovada na Câmara dos Deputados.
“Eu não vejo espaço para aumento de carga tributária no País”, disse ele, em entrevista coletiva.
A previsão é que o texto seja apresentado em outubro para votação no Senado. Mas, como o relator deve promover alterações, o texto precisará retornar à outra Casa.
Braga pediu estudos ao governo sobre os potenciais impactos da proposta e afirmou que alguns setores já o procuraram para propor alterações.
“Tudo agora nós queremos analisar com números. Eu acho que, nos conceitos, a Câmara discutiu muito. Agora, já que tem um modelo colocado de pé; nós queremos poder quantificar esse modelo e verificar os impactos que esse modelo efetivamente está indicando”, afirmou.
O relator disse ainda que discorda da intenção do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de antecipar o envio da reforma do Imposto de Renda.
“Eu sinceramente sou daqueles que acham que é uma questão de cada vez. Se pudéssemos concluir pelo menos essa segunda fase da reforma tributária para poder enfrentar a questão da renda, talvez fosse melhor”, disse Braga. “Mas isso não compete a nós; essa iniciativa do Executivo e quem estabelecerá o tempo em relação a isso será o Executivo.”
O senador também negou intenção de fatiar a votação da reforma tributária.
“A percepção que nós temos é que é quase impossível você fatiar uma PEC sobre uma matéria sistêmica, como a reforma tributária. Portanto, ela terá que ser tratada como um todo para que ela não fique atrofiada de um lado e capenga do outro”.